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5 projetos de criptomoedas pouco conhecidos que se destacaram

No mundo das criptomoedas, é normal ficar um pouco mais atento. Recentemente, ZachXBT, um conhecido investigador nessa área, levantou bandeiras vermelhas sobre o evento Token2049. Ele criticou a escolha de patrocinadores, mencionando que muitos deles têm um histórico duvidoso, o que não ajuda a aumentar a confiança do público.

A JPEX e a HyperVerse são exemplos de patrocinadores que tentaram ganhar credibilidade através de eventos. Depois, ambas enfrentaram sérios problemas, como falências e investigações por fraudes, levando a enormes perdas para os investidores. Essas situações mostram a importância de ter um olhar crítico sobre com quem estamos nos associando.

Sinais de alerta são comuns em projetos que parecem bons demais para ser verdade. Os detalhes mais frequentes incluem equipes anônimas, falta de liquidez, marketing exagerado, problemas na distribuição de tokens e listagens apenas em exchanges menos conhecidas. Essas moedas costumam ter seu valor impulsionado não pela inovação, mas pela especulação e pelo entusiasmo de influenciadores.

Por que as moedas suspeitas ainda estão no jogo

Apesar de muitas criptomoedas com fundamentos frágeis desapareçam rapidamente, algumas conseguem resistir no mercado, mesmo em meio a crises. Aqui estão alguns fatores que ajudam essas moedas a continuar:

  • Foco na especulação: Flutuações de preços atraem traders que buscam lucros rápidos. Eles estão dispostos a correr riscos em busca de grandes ganhos.

  • Comunidades engajadas: Muitas vezes, esses projetos possuem grupos de apoiadores leais, que são impulsionados por memes ou uma certa nostalgia.

  • Liquidez baixa: Um mercado com pouca movimentação torna mais fácil para grandes investidores ou grupos influentes manipularem os preços, atraindo novos especuladores.

  • Hype momentâneo: Tendências nas redes sociais ou endossos de influenciadores podem gerar um interesse temporário, mesmo que superficial.

5 moedas que se recusam a desaparecer

ZachXBT apontou algumas criptomoedas, que mesmo com práticas duvidosas, continuam a atrair investidores. Aqui estão cinco delas:

Spacecoin (SPACE)

  • Origem: Lançada pela Gluwa, a Spacecoin busca ser uma rede descentralizada de infraestrutura alimentada por satélites. A ideia é oferecer internet 5G global para 2,9 bilhões de pessoas sem acesso.

  • Controvérsias: ZachXBT a considera “botted” e não confiável. O projeto teve problemas de transparência em suas auditorias e alegações de lançamento de satélites.

  • Por que é questionável: Não há provas concretas sobre suas realizações e a falta de documentação levanta muitas dúvidas.

  • O que a mantém: Uma forte promoção e uma comunidade dedicada mantém certa movimentação no mercado.

JuCoin

  • Origem: A JuCoin, que também é uma exchange, foi fundada em Cingapura e está no mercado desde 2013.

  • Controvérsias: Após mudanças de propriedade e uma história regulatória confusa, foi sinalizada como um patrocinador duvidoso.

  • Por que é questionável: A falta de regulamentação em muitos mercados importantes gera desconfiança.

  • O que a sustenta: Um marketing agressivo e especulações aumentam o comércio da moeda.

Weex

  • Origem: Fundada em 2018, a Weex é uma plataforma de futuros de criptomoedas em Cingapura.

  • Controvérsias: A falta de regulamentação deixa investidores cautelosos.

  • Por que é questionável: Relatos de contas congeladas e problemas de conformidade levantam ainda mais suspeitas.

  • O que a mantém: O apelo pela negociação em futuros e o marketing agressivo continuam a atrair interesse.

DWF

  • Origem: Considerada uma formadora de mercado, a DWF tem uma história nebulosa e é vista com desconfiança.

  • Controvérsias: Acusações de práticas enganosas como wash trading e alegações de “rug pull” levantam questões sobre sua credibilidade.

  • Por que é questionável: A falta de transparência e seu histórico levam incertezas.

  • O que a mantém: Reconhecimento em conferências e novas narrativas promocionais ajudam a manter suas atividades.

Bitunix

  • Origem: Fundada em 2021, a Bitunix se apresenta como uma exchange registrada, mas seus métodos são questionáveis.

  • Controvérsias: Atraindo a atenção de órgãos reguladores, sua legitimidade é posta à prova.

  • Por que é questionável: A estrutura obscurecida e a supervisão regulatória limitada levantam alertas.

  • O que a mantém: Listagens atraentes e incentivos para traders da altcoin garantem sua sobrevivência.

Quando as promessas viram engano

A história já mostrou que algumas organizaciones podem se passar por patrocinadores respeitáveis. Dois exemplos ilustram isso:

JPEX

Esse projeto virou patrocinador da Token2049, mas acabou desaparecendo do evento após alertas de reguladores. Resultou em prisões e perdas que ultrapassaram 1 bilhão de dólares, atraindo acusações de fraude.

HyperVerse

A HyperVerse fez barulho com eventos luxuosos, mas mais tarde foi revelado que se tratava de um esquema Ponzi que enganou muitos investidores. Prometendo retornos fáceis, acabou sendo desmascarada.

Dicas para traders iniciantes

Para quem está dando os primeiros passos no mundo das criptomoedas, identificar projetos suspeitos é essencial. Aqui vão algumas dicas:

  • Pesquise sobre a equipe: Desconfie de fundadores anônimos ou mudanças constantes na marca.

  • Analise o marketing: Cuidado com promessas mirabolantes e influenciadores pagos.

  • Verifique a liquidez: Se a negociação é baixa, a manipulação dos preços pode ser uma preocupação.

  • Entenda a tokenomics: Tokens mal distribuídos ou processos opacos na queima de tokens são sinais de alerta.

  • Avalie as listagens: Moedas somente em exchanges pouco conhecidas podem ser menos confiáveis.

  • Investigue históricos de problemas: Problemas anteriores podem ser um indicativo de riscos futuros.

  • Use ferramentas confiáveis: Não dependa apenas da opinião de influenciadores. Diversifique seus investimentos para se proteger.

Esses cuidados podem fazer a diferença na hora de se proteger em um mercado tão volátil quanto o das criptomoedas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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