Notícias

Bitcoin atinge novas máximas com dívida dos EUA a US$ 36,6 trilhões

A dívida nacional dos Estados Unidos está dando o que falar, principalmente após um aumento significativo, que chegou a impressionantes US$ 36,6 trilhões. Essa elevação se deu depois da aprovação da “One Big Beautiful Bill”, que aumentou o limite da dívida em US$ 5 trilhões. Com isso, muitos se perguntam: será que essa bomba de dívida pode acarretar uma queda no preço do Bitcoin (BTC) para US$ 95.000?

A situação é acompanhada de perto por especialistas como Kurt S. Altrichter, que destacam sinais preocupantes no mercado imobiliário. O estoque de novas residências unifamiliares nos Estados Unidos está se aproximando de um patamar alarmante, representando uma oferta equivalente a 10 meses. Altrichter ressalta que isso é um indicador que historicamente aparece em momentos de recessão. O problema, segundo ele, vem das altas taxas de juros e, principalmente, da chamada “evaporação da demanda”.

A relação entre o excesso de oferta no mercado imobiliário e um possível declínio econômico pode ter um impacto direto em ativos de risco, como o Bitcoin. Mesmo que a longo prazo as criptomoedas possam se beneficiar da situação, a reação imediata dos investidores tende a ser de cautela, optando por manter dinheiro em caixa e títulos de curto prazo.

O cofundador da Strike, Jack Mallers, se mostrou preocupado com a estratégia do Tesouro dos EUA. Ele acredita que a única saída seria expandir a base monetária, semelhante à impressão de dinheiro, o que poderia criar um ambiente propício para uma valorização do Bitcoin. Ele se mostrou otimista ao afirmar que o governo não deverá dar calote na dívida, sugerindo que, se necessário, a desvalorização pode ser a última alternativa.

O impacto das decisões do Federal Reserve

Por outro lado, há quem acredite que a recente queda do Bitcoin, que chegou a US$ 112.100, não esteja atrelada diretamente a questões fiscais ou à ansiedade relacionada à recessão. Alguns participantes do mercado atribuem essa movimentação à expectativa de mudanças nas políticas do Federal Reserve, especialmente com a possibilidade de Trump tentar substituir o atual presidente do Fed, Jerome Powell. Se isso acontecer, poderíamos ver uma política monetária mais flexível.

Apesar do crescimento dos ETFs de Bitcoin e do aumento da demanda institucional, o BTC continua correndo lado a lado com os mercados acionários. A correlação entre o Bitcoin e o S&P 500 está em 68%, mostrando que as duas classes de ativos têm se comportado de forma muito parecida. Além disso, as tarifas de importação dos EUA também são um fator de risco, podendo afetar os lucros, especialmente no setor de tecnologia.

Empresas como a Nvidia, que recentemente se destacou ao se tornar a mais valiosa do mundo com um valor de mercado de US$ 4 trilhões, estão especialmente vulneráveis a essas tensões. Embora o aumento do teto da dívida normalmente gera um clima mais otimista, a possibilidade de recessão pode fazer o Bitcoin corrigir para US$ 95.000.

Enquanto isso, Jack Mallers mantém a esperança de que uma nova máxima histórica para o Bitcoin em 2025 seja possível. Porém, entre os traders, existe uma brota ansiedade sobre se o setor de tecnologia, impulsionado pela inteligência artificial, conseguirá superar todas essas incertezas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo