Hackers invadem sistema do Posto Ipiranga e compram criptomoedas
A situação envolvendo um P2P de criptomoedas no Brasil está chamando a atenção. Recentemente, a empresa foi condenada a cinco anos de prisão, e agora está processando o Banco Votorantim, pedindo a revisão da sentença que a impactou. O que aconteceu de curioso foi que um hacker conseguiu acessar o sistema de vantagens do Posto Ipiranga, o famoso Abastece Aí, e isso resultou em um fluxo de milhões.
O Banco Votorantim, por sua vez, foi mencionado no caso porque é uma das instituições que opera com o Abastece Aí, um serviço do Grupo Ultra, que é dono da rede de postos Ipiranga. O Abastece Aí oferece um programa de fidelidade conhecido como KMV (Kilômetros de Vantagem), com benefícios como cashback e pontos que podem ser trocados em abastecimentos.
Um detalhe importante é que a movimentação financeira das transações feitas pelos clientes do Abastece Aí não é de responsabilidade direta do Grupo Ultra. O sistema é conectado à API da Orbitall Payments. Ou seja, as transações são processadas por essa plataforma e o Banco Votorantim é o responsável pela liquidação financeira.
A trama se complica ainda mais quando se considera que, no dia 11 de agosto de 2024, hackers conseguiram acessar o sistema da Orbitall. Com isso, conseguiram emitir ordens de pagamento que resultaram em mais de R$ 33 milhões enviados via Pix, em diversas transações.
Assim que o Banco Votorantim percebeu o que estava acontecendo, tomou uma atitude rápida. Eles pediram à justiça o bloqueio das contas da empresa e de todos os bens relacionados ao proprietário. Esses atinos culminaram em um arresto de bens após decisão da justiça de São Paulo.
O empresário por trás do P2P tentou reverter a decisão, mas sua apelação foi negada em segunda instância. E, para adicionar mais uma camada a essa história, o P2P havia atendido a um cliente que se identificou como “James”. Como eles não exigiram informações suficientes para identificar o cliente, isso foi um fator que contribuiu para a condenação ao regime semiaberto.
Esse caso levanta questões sobre segurança no ambiente digital e a responsabilidade das empresas que operam com criptomoedas. É um assunto que continua evoluindo e que, certamente, ainda vai render muito!