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Binance contribui com Polícia Civil em operação de R$ 164 milhões

A Polícia Civil de Goiás, junto com forças de segurança de outros estados, lançou na quinta-feira (10) a Operação Deep Hunt. Essa equipe de investigação conseguiu desarticular uma organização criminosa bem estruturada que atuava em crimes virtuais, como fraudes bancárias e lavagem de dinheiro com criptomoedas. Após um trabalho de um ano e meio, descobriram que o grupo movimentou cerca de R$ 164 milhões, sendo que R$ 112 milhões não tinham justificativa fiscal.

A gangue operava na Dark Web, um lugar sombrio da internet onde se trocam dados bancários, cartões de crédito clonados e até documentos falsificados. Eles usavam softwares avançados para criar cartões falsos e equipamentos de alta tecnologia, mostrando um nível de organização que impressiona pela sofisticação de suas operações ilegais.

Entre as prisões feitas está um casal da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que teria movimentado a quantia de R$ 17 milhões. Esses indivíduos ostentavam uma vida luxuosa, repleta de carros importados e imóveis de alto padrão, adquiridos com o dinheiro arrecadado de forma ilícita.

Além disso, para lavar o produto das fraudes, a quadrilha usava empresas de fachada sem atividade real. Parte das quantias era convertida em criptomoedas para dificultar o rastreamento. Investigadores descobriram que algumas dessas empresas realizavam saques em pequenas quantias, o que é conhecido como “smurfing” no mercado financeiro, uma técnica para evitar chamar a atenção das autoridades.

Binance auxilia na investigação

A Binance, a maior plataforma de negociação de criptomoedas do mundo, teve um papel essencial na investigação ao fornecer dados que ajudaram a identificar transações suspeitas e rastrear o fluxo de valores ilícitos. A colaboração entre a exchange e as autoridades policiais foi decisiva para o sucesso da operação.

Até agora, a operação já culminou em 41 mandados de prisão, com 32 prisões efetivadas. As autoridades conseguiram apreender R$ 112 milhões em bens não declarados, bloquearam 32 imóveis de luxo e veículos importados, além de confiscarem documentos falsos, equipamentos de clonagem e armas utilizadas pelo grupo criminoso.

Os investigados respondem por crimes sérios, como furto qualificado, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, associação criminosa e invasão de dispositivos eletrônicos. As penas para esses delitos podem chegar a até 49 anos de prisão, segundo a legislação brasileira.

Além disso, as autoridades continuam analisando os dados apreendidos para identificar outros envolvidos e possíveis vínculos com organizações criminosas internacionais. Essa operação mostra a importância da colaboração entre polícia, instituições financeiras e empresas de tecnologia no combate aos crimes digitais, que seguem se tornando cada vez mais complexos tanto no Brasil quanto fora dele.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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