Méliuz atinge alta de 170% com recorde do Bitcoin
Na tarde desta terça-feira, o Bitcoin (BTC) estava sendo negociado a US$ 117,3 mil, apresentando uma leve queda de 2,1% após ter rompido a marca histórica de US$ 123 mil. Essa correção também foi vista nas ações da Méliuz (CASH3), que estavam em R$ 7,36, com uma desvalorização de 4%. Porém, vale ressaltar que as ações da empresa acumularam uma valorização impressionante de quase 170% em 2025.
Nos Estados Unidos, o BTC mostrou certa resiliência, com um aumento de 2,7% nos últimos 12 meses até o fim de junho. Os dados do Departamento do Trabalho indicam que esse aumento nos preços pode ter relação com a nova política tarifária do governo de Donald Trump, que impôs uma alíquota de 50% sobre produtos importados do Brasil a partir de agosto. Mesmo com esse cenário, o índice Ibovespa se manteve relativamente estável, fechando em 135.141,60 pontos, uma queda de apenas 0,08%, mas enfrentando uma retração acumulada de 2,9% nos últimos cinco dias.
O desempenho do Bitcoin também teve um impacto direto na Méliuz, que viu seu valor de mercado subir acima de R$ 820 milhões. A fintech mineira, que começou suas atividades em 2011 focada em programas de cashback, adotou uma nova estratégia e agora se posiciona como uma empresa de tesouraria de Bitcoin. Recentemente, a Méliuz anunciou a compra de 275 Bitcoins, consolidando-se como a maior detentora corporativa de BTC na América Latina, somando um total de 595,67 Bitcoins. Além disso, realizou uma oferta de ações de R$ 180 milhões para aumentar seu caixa de BTC.
No panorama mais amplo, apenas 21 empresas não mineradoras de Bitcoin possuem reservas superiores a 100 Bitcoins, totalizando cerca de US$ 78,97 bilhões em holdings. Isso inclui 5.557,281 Bitcoins adquiridos na última semana, conforme monitoramento realizado.
Se a maré continuar a favor do Bitcoin, a Méliuz pode ver uma nova onda de valorização na B3, similar à euforia registrada em Wall Street. Anthony Pompliano, em uma recente entrevista, destacou o BTC como o “maior espetáculo de Wall Street”, citando pelo menos três fatores que podem levar a novas máximas em breve.
Um desses fatores foi o recorde de US$ 1,2 bilhão em entradas líquidas em ETFs de Bitcoin na última quinta-feira, marcando o segundo maior volume diário da história. Pompliano também comentou sobre o mercado de derivativos, ressaltando que a expiração das opções no final de junho aliviou a pressão sobre o preço do Bitcoin, comparando essa situação a uma bola de praia pressionada para baixo na água, que pode ressurgir a qualquer momento.
Porém, é importante ter calma e paciência. As análises sugerem que com a euforia vindo dos investidores, é fundamental saber navegar nesse otimismo, um alerta relevante para quem está interessado nesse universo.