Criptomoeda que prometeu acabar com Bitcoin é banida na Argentina
A Atomic3, uma empresa que prometia inovar no mundo das criptomoedas com sua mineração de lítio na Argentina, foi proibida de continuar suas atividades no país. Em 2021, os fundadores chegaram a afirmar que seu ativo seria o novo concorrente do bitcoin, mas a situação virou de forma inesperada.
Apesar de ter um registro como Prestadora de Serviços de Ativos Virtuais (PSAV) junto à Comissão Nacional de Valores (CNV) da Argentina, a Atomic3 agora não pode mais realizar negócios até que as investigações em curso sejam concluídas. A decisão surgiu após várias denúncias de transações suspeitas, o que levou a CNV a agir de forma preventiva.
Em nota, a CNV deixou claro que as denúncias foram levadas em consideração para a suspensão da operação. A intenção é evitar possíveis fraudes e garantir a segurança dos investidores.
### Novas Regras para o Mercado
Logo após o banimento da Atomic3, em 15 de julho, a CNV anunciou novas regras para as empresas que atuam como PSAV. Uma mudança importante é que as empresas precisam comprovar um patrimônio mínimo que sustente suas operações. Isso é para garantir que estejam realmente preparadas para operar no mercado de criptomoedas e evitar problemas futuros.
Essas novas normas também exigem que o capital social das empresas de criptomoeda esteja totalmente integralizado desde o início das operações, e que mantenham um Registro Comercial Público válido. Além disso, as empresas têm até novembro de 2025 para se regularizar conforme essas novas exigências.
### Reação da Atomic3
Pablo Rutigliano, um dos principais nomes ligados à Atomic3 e Presidente da Câmara Latino-Americana do Lítio, não poupou críticas à decisão. Ele classificou a suspensão como arbitrária e afirmou que não houve aviso prévio ou chance de defesa. Para ele, a base da decisão se sustentava em documentos que indicavam “possível conduta irregular,” mas que não foram devidamente discutidos com a empresa.
Vale lembrar que a Atomic3 possui um token registrado na blockchain da Cardano desde fevereiro de 2025 e alegava ter lastro em suas atividades de mineração de lítio. Rutigliano defendeu que a empresa buscará alternativas para contestar a decisão da CNV e esclarecer sua situação no mercado.