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A aposta cripto da 210k Capital em detalhes

A 210k Capital, um fundo gerido pelo empresário David Bailey, tem se destacado com lucros impressionantes em ativos digitais. E isso acontece em um momento em que a influência de regulamentações favoráveis à criptomoeda cresce, especialmente depois que Bailey ajudou a convencer Donald Trump a adotar uma postura mais amigável em relação ao setor. O resultado? Um retorno líquido de 640% nos últimos 12 meses, impulsionado principalmente por investimentos em empresas que incluíram Bitcoin (BTC) em seus balanços.

Embora a 210k Capital não precise divulgar seus resultados financeiros como uma entidade privada, a Bloomberg conseguiu levantar algumas informações através de fontes anônimas. Essas fontes indicam que a fortuna do fundo provém de investimentos em tesouraria de Bitcoin em vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Suécia.

O fundo faz parte da UTXO Management e possui participação em várias empresas que têm uma relação direta com o Bitcoin, como a Strategy (MSTR) e a Metaplanet (3350). Além disso, seu sócio-gerente, Tyler Evans, comentou que a empresa está de olho em mais 30 investimentos em entidades que atuam dentro do ecossistema do Bitcoin, conhecidas como proxies.

Bailey, também fundador da Bitcoin Magazine e da BTC Inc., foi uma peça-chave na campanha presidencial de Trump, sendo considerado o arquiteto da guinada do ex-presidente em direção ao Bitcoin. A presença dele é sentida em diversas frentes do mercado de criptomoedas. Recentemente, sua empresa Nakamoto Holdings arrecadou US$ 300 milhões e está avaliando a abertura de capital com foco em expandir seus investimentos em Bitcoin.

O crescimento das empresas de tesouraria em Bitcoin

Desde que a Strategy, anteriormente conhecida como MicroStrategy, começou a investir em Bitcoin como parte de sua tesouraria em agosto de 2020, mais de 150 empresas seguiram o mesmo caminho. Isso inclui pelo menos 47 empresas privadas que já mencionaram a posse de Bitcoin em seus balanços.

Atualmente, empresas negociadas publicamente possuem cerca de 868.709 BTC, enquanto as privadas conhecidas detêm cerca de 292.355 BTC. Com o Bitcoin atingindo novas máximas históricas, acima de US$ 123.000, a estratégia de tesouraria se mostra lucrativa. Mas, é bom lembrar que analistas têm opiniões divergentes sobre o futuro dessas empresas.

A firma de capital de risco Breed sinalizou que o sucesso não é garantido. Eles afirmam que isso depende essencialmente da manutenção de um valor de mercado significativamente acima do múltiplo sobre o valor líquido dos ativos, o que eles chamam de MNAV. Se o preço do Bitcoin cair, pode haver um efeito cascata que prejudique essas empresas na hora de captar novos recursos para aumentar suas reservas em BTC.

Outros analistas, como James Check, da Glassnode, acreditam que aquelas empresas que incorporam o Bitcoin sem uma estratégia clara terão dificuldades para se manter relevantes no mercado. Ele menciona que já estamos em uma fase em que o “prove para mim” é necessário, ou seja, será cada vez mais difícil para uma empresa qualquer conseguir se destacar sem um nicho claro.

Entretanto, essa onda de adoção de Bitcoin surge em um momento crucial. Recentemente, a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou três projetos de lei que abordam temas como stablecoins e a proibição de moedas digitais de bancos centrais. Essas discussões refletem o crescente interesse das instituições em regular e entender melhor o ambiente das criptomoedas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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