JPMorgan teria bloqueado a Gemini por críticas de Tyler Winklevoss
Tyler Winklevoss, um dos cofundadores da Gemini, fez sérias acusações contra o JPMorgan Chase. Segundo ele, o banco teria interrompido o processo de integração com a exchange de criptomoedas após suas críticas publicadas sobre uma nova política de dados do banco. Em um post no X, ele afirmou que o JPMorgan retaliou por ele ter chamado essas ações de “anticompetitivas”, o que poderia impactar negativamente empresas de fintech e criptomoedas.
Ele comentou que, em resposta a um tuíte que fez na semana anterior, o JPMorgan notificou a Gemini sobre a suspensão do seu retorno como cliente. “Nos desligaram durante a Operação ChokePoint 2.0 e agora dizem que estão suspendendo nossa readmissão”, escreveu Winklevoss.
Essas tensões começaram a ganhar destaque após um relatório da Bloomberg que afirmou que o JPMorgan estaria cobrando das empresas de tecnologia financeira pelo acesso aos dados bancários dos usuários. Winklevoss insistiu que essa medida poderia “levar à falência” as fintechs que ajudam na compra de criptomoedas.
### Winklevoss critica o JPMorgan por limitar acessos
Winklevoss também alegou que o JPMorgan estaria tentando restringir o acesso dos consumidores aos seus dados por meio de plataformas como a Plaid, que facilita a conexão entre contas financeiras e aplicativos diversos. “Desculpe, Jamie Dimon, mas não vamos ficar calados. Continuaremos a expor esse comportamento anticompetitivo e a luta imoral para derrubar fintechs e criptomoedas. Sempre vamos lutar pelo que é certo!”, afirmou.
O relacionamento entre a Gemini e o JPMorgan não tem sido dos mais tranquilos. No ano passado, o banco chegou a pedir à exchange que buscasse um novo parceiro bancário, alegando preocupações sobre lucratividade. Mas a Gemini desmentiu esses rumores, garantindo que sua relação com o JPMorgan seguia firme.
### A aliança dos Winklevoss com Trump
Em uma nova faceta, Tyler e Cameron Winklevoss, além de empreendedores, também têm se alinhado politicamente com Donald Trump. Eles contribuíram para as campanhas de Trump e participaram de eventos na Casa Branca. Recentemente, suas doações para a campanha de 2024 foram devolvidas, pois excederam o limite estabelecido pela lei.
Além disso, em um movimento significativo, a Gemini também protocolou um pedido de abertura de capital (IPO) junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). Até o momento, detalhes sobre o número de ações e faixa de preço ainda não foram definidos.
A Gemini, que nasceu em 2014 das ideias dos gêmeos Winklevoss, levantou um montante impressionante de US$ 400 milhões em 2021, atingindo uma avaliação de US$ 7,1 bilhões. Essa trajetória mostra como a exchange tem se destacado no mercado de criptomoedas nos últimos anos.