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Monero (XMR) sofre ataque de 51% por grande desenvolvedor

A Monero (XMR), que é a maior criptomoeda voltada para privacidade, está enfrentando um desafio sério: um ataque de 51%. Isso significa que um grupo de mineradores controla mais da metade da geração de blocos da rede. E quem está por trás disso tudo é Sergey Ivancheglo, conhecido como ‘Come-from-Beyond’, um dos principais nomes do mundo das criptomoedas e que participou da criação de modelos como Proof-of-Stake (PoS) e Directed Acyclic Graphs (DAG).

Ele foi bem direto nas redes sociais, pedindo que os usuários não resistissem, mesmo enquanto recebe várias ameaças. Essa situação levanta preocupações sobre a segurança da Monero, especialmente para quem utiliza essa moeda.

O ataque à Monero (XMR)

O plano de Ivancheglo é bem engenhoso. Criou a Qubic (QUBIC), uma nova criptomoeda, para atrair mineradores oferecendo um bônus de 10% em vez de recompensas em XMR. A recompensa por bloco da Monero é de 0,6 XMR, com um total diário de 432 XMR, o que equivale a aproximadamente R$ 139 mil. Para realizar este ataque, Ivancheglo precisa investir apenas cerca de R$ 36 mil por dia. Um custo baixo para um ataque contra uma rede avaliada em R$ 29 bilhões.

Atualmente, a Qubic já é responsável por 29,8% do poder computacional da rede Monero, o que é um número considerável.

Ele também declarou que aprecia a comunidade da Monero, mas está contra práticas maliciosas como a “botnets”. A Monero é minerada por processadores comuns, o que levou a uma série de computadores a serem infectados para esse fim. Para Ivancheglo, esse é um ponto importante porque, em sua visão, um dia todos podem enfrentar um ataque na indústria de criptomoedas, embora ele afirme que sua intenção não é maliciosa.

Apesar do ataque, ele acredita que o preço da XMR não deve despencar, já que as opções de criptomoedas privadas são limitadas.

Ações recomendadas para corretoras

Com as ameaças recebidas, Ivancheglo tem atraído cada vez mais mineradores para sua pool. Ele também enviou um alerta às corretoras que trabalham com Monero, recomendando que aceitem pagamentos somente após 13 confirmações de transações entre os dias 2 e 31 de agosto. Isso se deve ao risco de muitos blocos sem valor (órfãos) serem gerados durante esse período.

Nos comentários de suas postagens, a recepção não é das melhores. Algumas pessoas estão se manifestando com ameaças e questionando suas ações. Contudo, Ivancheglo parece manter a calma e continua com seu plano.

Ele rejeitou a ideia de a Monero migrar para um modelo PoS, uma vez que isso poderia comprometer o anonimato que a moeda oferece e não seria bem recebido por tantas pessoas que já possuem a XMR.

Com o clima de tensão, há quem esteja tentando um ataque DDoS contra a pool da Qubic. Ivancheglo, no entanto, se mostrou brincalhão a respeito, quase desconsiderando a seriedade da situação.

O status da XMR no mercado

Atualmente, a Monero está sendo negociada a US$ 322, ocupando o 25º lugar entre as maiores criptomoedas. Um detalhe curioso é que ela não está disponível nas grandes corretoras como Binance, Bybit e Coinbase. Mesmo assim, o preço da Monero subiu 0,3% nas últimas 24 horas, mostrando resiliência mesmo diante desse ataque que está em andamento.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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