Divisão entre traders de Bitcoin após lacuna de US$ 114.000 na CME
O Bitcoin está passando por momentos desafiadores, atingindo novas mínimas nas últimas semanas. Esta sexta-feira não foi diferente, com a moeda digital lidando com os efeitos das tarifas comerciais nos Estados Unidos, que impactaram o sentimento do mercado.
Preço do BTC preenche gap de US$ 114.000 da CME
A cotação do Bitcoin (BTC) caiu para cerca de US$ 114.322 na Bitstamp antes de apresentar uma leve recuperação. Esse movimento preencheu uma “lacuna” que havia nos mercados futuros do CME Group, uma situação comum que ocorre aos fins de semana. O interessante é que, geralmente, essas lacunas tendem a ser preenchidas em um curto período, muitas vezes em poucos dias.
Investidores têm opiniões divergentes sobre os próximos passos do BTC. Por um lado, Ted Pillows, um conhecido investidor, está otimista e acredita que devemos ver um “bom movimento de alta” após o fechamento da lacuna. Por outro lado, há quem mantenha cautela. O trader conhecido como Cipher X alertou seus seguidores sobre o risco de o preço cair para US$ 104.000, caso o Bitcoin não consiga se recuperar e ultrapassar a faixa de US$ 116.000.
Crypto Candy, outro trader ativo, sugeriu que o dia deveria terminar com o BTC acima de US$ 115.000 para evitar uma queda em direção aos 112.000 antes de uma potencial recuperação.
Bitcoin sofre enquanto ações ignoram tarifas
Em um contexto mais amplo, o Bitcoin está enfrentando uma queda mais acentuada do que alguns ativos de risco, enquanto as ações parecem ignorar as tarifas impostas pela administração do presidente Donald Trump. Por exemplo, os futuros do S&P 500 estavam com uma leve queda de apenas 0,4%, um movimento bem mais contido.
Um canal de análise, a The Kobeissi Letter, comentou que o mercado parece já ter se acostumado com as incertezas da guerra comercial, perdendo credibilidade com o tempo. Se essas tarifas tivessem sido impostas meses atrás, as perdas no S&P poderiam ter sido mais severas.
Apesar de algumas oscilações nos mercados, o S&P 500 conseguiu alcançar novas máximas históricas recentemente, impulsionado pelos resultados positivos das grandes empresas de tecnologia. Curiosamente, esse crescimento aconteceu mesmo com o índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) indicativo de inflação superando as expectativas.
No início da semana, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, adotou uma postura mais firme ao manter as taxas de juros inalteradas, o que levou ao esfriamento das expectativas de cortes nas taxas em 2025. Isso é um fator que tende a preocupar os investidores de ativos de risco, que observam atentamente o que pode acontecer a seguir.