O mercado de criptomoedas passou por uma leve queda, com um valor total de cerca de US$ 3,95 trilhões, um recuo de 2%. Na manhã desta terça-feira (12), o Bitcoin (BTC) estava cotado a US$ 118,6 mil, uma queda de 2,3%. Sua dominância no mercado era de 59,8%, enquanto o sentimento dos investidores estava próximo da neutralidade, em 60%. A maioria das altcoins também estava em baixa, apesar de algumas terem apresentado altas expressivas. Em contrapartida, o Ether (ETH) mostrava sinais de força, valorizando-se.
Essa retração do Bitcoin está diretamente ligada ao fechamento dos índices S&P 500 e Nasdaq no dia anterior, que fecharam em queda de 0,25% e 0,30%, respectivamente. Os analistas ainda estavam otimistas com relação a essas bolsas, mesmo com as incertezas sobre a inflação nos Estados Unidos. O Departamento do Trabalho deve publicar dados sobre o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do mês de julho nesta terça-feira, e muitos investidores estão atentos a esse detalhe, já que as previsões apontam para uma alta na inflação.
Na quarta-feira (13), será divulgado o Índice de Preços ao Produtor (PPI), que pode trazer mais volatilidade ao mercado cripto. Os investidores também estão observando as consequências da política de aumento de tarifas do presidente Donald Trump. Enquanto isso, o VIX, conhecido como “índice do medo”, que mede a volatilidade das ações listadas no S&P 500, estava em alta, marcando 16,25 pontos, um aumento de 7,3%.
Alguns especialistas têm uma visão mais pessimista em relação ao Bitcoin. Após um boom que levou a moeda a ultrapassar a resistência de US$ 122 mil, as análises apontam que esses ganhos podem não ser sustentáveis. O perfil ZAYKCharts observou que o Bitcoin parece estar em uma fase de distribuição, o que indica que está sobrecomprado. Segundo suas projeções, o BTC pode cair para cerca de US$ 95 mil.
Depois de uma fase de acumulação forte entre março e abril, o Bitcoin passou por uma intensa alta, mas agora parece estar em um movimento lateral, o que pode sinalizar a fase de distribuição. Se essa tendência se concretizar, a próxima etapa pode ser uma queda mais acentuada, segundo a avaliação dessa análise.
Enquanto isso, o Ethereum (ETH) estava sendo negociado a US$ 4.292, um leve aumento de 0,6% e uma alta acumulada de 17,5% na semana. Essa valorização se deve ao aumento da demanda institucional. Os ETFs de Ether registraram mais de US$ 1 bilhão em entradas líquidas, enquanto os ETFs de Bitcoin não passaram de US$ 178,15 milhões em fluxos positivos.
Em relação ao mercado de futuros, a Coinglass reportou uma diminuição no interesse aberto, que caiu para US$ 193,4 bilhões, embora o volume de negociações tenha aumentado para US$ 377,9 bilhões. Nas últimas 24 horas, as liquidações de traders que usam alavancagem chegaram a US$ 438,2 milhões, com uma predominância de liquidações em posições compradas, onde traders apostam em altas.
O índice de força relativa (RSI) médio no mercado cripto estava em 43,28 pontos, indicando que a maioria das criptomoedas estava em uma zona neutra. No entanto, algumas altcoins chamadas de CYBER estavam em sobrecompra, enquanto outras, como IP e FARTCOIN, estavam em sobrevenda.
Em termos de capitalizações, o índice de altcoins estava em 31 pontos. No ranking das mil maiores altcoins, algumas estavam em queda significativa, como IP, que caiu para US$ 5,62, e BONK, que estava a US$ 0,000024. Por outro lado, algumas altcoins tiveram altas de dois dígitos, como CYBER, que subiu para US$ 3,35, um ganho impressionante de 76,3% na semana.
Novas criptomoedas também foram listadas em diferentes exchanges, como WAI na Bitget e HOUSE na Bitrue. Em resumo, no dia anterior, o valor total do mercado de criptomoedas ultrapassou US$ 4 trilhões, enquanto o Bitcoin se preparava para uma nova máxima em relação ao CPI.
