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Integrante do grupo do Faraó dos Bitcoins é preso na Baixada

A Polícia Civil do Rio de Janeiro fez uma nova prisão ligada ao controverso caso dos “Faraós dos Bitcoins”. Na última segunda-feira (11), Thiago Julio Gadelha foi detido em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele é associado a Glaidson Acácio dos Santos, o famoso Faraó das criptomoedas.

As investigações mostraram que Thiago estava envolvido em diversos crimes, desde questões financeiras até casos mais graves, como homicídios. Segundo a polícia, ele participou de assassinatos e tentativas de homicídio que aconteceram em 2021 na Região dos Lagos, onde Glaidson operava suas atividades. Os alvos desses crimes eram concorrentes de sua empresa, a GAS Consultoria Bitcoin, ou pessoas que poderiam representar uma ameaça aos seus negócios.

Thiago já havia passado cerca de dois anos preso devido a esses casos, mas havia conseguido responder em liberdade. No entanto, no mês passado, a Justiça emitiu um mandado de prisão preventiva contra ele, acusando-o de fazer parte de uma organização criminosa. Essa ordem foi cumprida recentemente.

Embora o comunicado policial não tenha detalhado os homicídios pelos quais ele é acusado, essa prisão ocorreu pouco tempo depois que a Justiça decidiu levar Glaidson e outros 11 réus a júri popular. Eles são acusados de envolvimento no assassinato de Wesley Pessano, um jovem de 19 anos, morto a tiros em 4 de agosto de 2021, em São Pedro da Aldeia, na mesma região.

Glaidson também enfrentou outras acusações, incluindo a tentativa de assassinato de Nilson Alves da Silva, conhecido como Nilsinho. Ele sobreviveu a um ataque enquanto estava em sua BMW X6, avaliada em cerca de R$ 600.000, em Cabo Frio.

A GAS Consultoria Bitcoin, sob a liderança de Glaidson e da esposa, Mirelis Zerpa, movimentou impressionantes R$ 38 bilhões em apenas seis anos. A empresa atraía investidores com a promessa de retornos de 10% ao mês por meio de criptomoedas, mas não tinha registro para atuar no mercado financeiro.

Glaidson está preso desde agosto de 2021, quando a Operação Kryptos foi realizada para desmantelar esse esquema econômico. Já Mirelis Zerpa foi presa pela Polícia Federal no final de junho deste ano e deportada dos Estados Unidos, onde estava detida desde janeiro de 2024.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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