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Bitcoin recua para menos de US$ 120 mil após dados do PPI

O Bitcoin (BTC) enfrentou uma queda significativa, saindo da nova máxima histórica de US$ 123.400 e caindo para US$ 117.400 na quinta-feira. Esse recuo veio após a divulgação de dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos, que ficou acima do esperado, gerando apreensão sobre a inflação.

Os números do PPI mostraram uma inflação anual de 3,3%, bem acima da previsão de 2,5% e da leitura anterior de 2,3%. Essa foi a maior alta mensal do PPI desde junho de 2022. Esse cenário de inflação contrastou com os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que mostraram uma inflação anual mais suave de 2,7%. O otimismo em torno do CPI poderia dar uma ideia de que um corte nas taxas de juros poderia ocorrer em breve, mas a alta do PPI complicou essa expectativa. Com isso, a pressão inflacionária persistente pode fazer com que o Federal Reserve adie qualquer afrouxamento monetário, o que, para o Bitcoin, pode limita os ganhos a curto prazo.

Recentes análises indicam que a probabilidade de um corte de 0,25% na taxa de juros em setembro caiu de impressionantes 99,8% para 90,5%.

Níveis importantes a observar para o Bitcoin

As correções do BTC não foram apenas impulsionadas pelos novos dados do PPI. Antes disso, sinais de fraqueza já estavam no ar. Especialistas já notavam uma divergência negativa entre o preço e o índice de força relativa (RSI) assim que o Bitcoin ultrapassou US$ 123.000. Essa situação pode indicar uma busca por liquidez em topos anteriores. O movimento de queda também formou um padrão que sugere volatilidade nos dias seguintes.

Na análise técnica, as decisões de venda de posições alavancadas do Bitcoin resultaram na absorção de liquidez em regiões entre US$ 119.000 e US$ 117.500. Atualmente, o cenário mais provável é que o Bitcoin passe por um período de consolidação após uma alta de 11% nos últimos 12 dias. Para que a tendência de alta continue, é necessário que o BTC feche acima de US$ 120.000 em um gráfico de quatro horas. No entanto, a chance de uma nova queda até US$ 117.000 aumentou devido a padrões observados no mercado.

Ainda no gráfico de três dias, verificamos a formação de um padrão de topo duplo, uma estrutura que já foi detectada em janeiro e que levou a uma correção significativa no primeiro trimestre de 2025, onde o Bitcoin chegou a US$ 75.000.

Se o Bitcoin conseguir se manter acima de US$ 112.000, as altcoins podem ter um respiro em meio a esse cenário de consolidação. Contudo, uma quebra abaixo desse valor pode sinalizar uma mudança na dinâmica do mercado, provocando correções para áreas de interesse entre US$ 105.000 e US$ 110.000.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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