A corretora de criptomoedas Gemini fez barulho na sexta-feira ao anunciar que apresentou um documento S-1 à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Isso marca o primeiro passo rumo a uma oferta pública inicial (IPO) de ações, poucos meses após a empresa ter revelado um registro confidencial ao regulador.
A Gemini, que surgiu em 2014 pelas mãos dos irmãos Tyler e Cameron Winklevoss — famosos também por sua conexão com a criação do Facebook —, quer listar suas ações na Nasdaq Global Select Market com o código GEMI. Um passo importante no mundo financeiro.
Por enquanto, as informações sobre o número de ações e a faixa de preço ainda não foram reveladas. Também não há um cronograma definido para o IPO, o que deixa muitos investidores curiosos e na expectativa.
Grandes nomes do setor financeiro, como Goldman Sachs, Citigroup, Morgan Stanley e Cantor, devem coordenar essa oferta. Além deles, outros coordenadores também estão envolvidos, enquanto a Academy Securities e a AmeriVet Securities vão atuar como cogestores. Uma equipe robusta para um lançamento que promete chamar a atenção.
Recentemente, o ambiente para IPOs de criptomoedas parece ter mudado. Isso ficou evidente após o sucesso da oferta da Circle, que emitiu a stablecoin USDC. As ações da Circle dispararam, triplicando seu valor inicial de US$ 31 logo no início das negociações em junho, chegando a ser negociadas a quase US$ 299, embora tenham se estabilizado em torno de US$ 149 dias depois.
Nesta semana, a Bullish, uma corretora focada em investidores institucionais, também fez sucesso, com suas ações mais do que triplicando no primeiro dia de negociação. Elas saltaram de US$ 37 para quase US$ 70, refletindo o apetite do mercado por oportunidades no setor de criptomoedas.
Além de Gemini, outras empresas como OKX, Grayscale e Kraken também estão considerando abrir capital. Por outro lado, gigantes como Coinbase e Strategy têm registrado números impressionantes, mostrando a força do mercado de criptomoedas.
E não dá para esquecer que o ambiente regulatório mudou bastante. Desde a volta de Trump ao poder, a SEC deu uma folga para as empresas de criptomoedas, abandonando diversos processos contra elas. E, para completar, o projeto de lei GENIUS, que trata de stablecoins, foi sancionado no último mês. Isso dá um novo ânimo à indústria.
Essas movimentações no setor trazem novas perspectivas e oportunidades aos investidores. O que vem pela frente é de interesse não só de quem já está nesse mundo de criptomoedas, mas também para quem pensa em entrar nessa jornada.
