Especialista prevê Bitcoin a US$ 180 mil e desafia Moody’s
Na última sexta-feira, o especialista em criptomoedas Dave The Wave trouxe uma previsão intrigante: ele acredita que o Bitcoin (BTC) pode alcançar a marca de US$ 180 mil até 2025. No entanto, enquanto isso, a Moody’s apresentou um relatório reafirmando uma perspectiva negativa para o crescimento econômico global, o que pode influenciar os valores do BTC.
Em seu perfil no X, Dave The Wave mencionou que o Bitcoin deve se manter em um canal ascendente e está dentro das cinco ondas de alta de Elliott, o que representa um “sinal clássico de impulso”. Ele acredita que o BTC poderá enfrentar a resistência dos US$ 180 mil até o final deste ano.
Em uma análise mais detalhada, ele também destacou que o BTC encontrou um suporte em US$ 107 mil. Segundo ele, isso seria uma correção natural de até 30% dentro do movimento de alta. Altamente perceptivo ao mercado, Dave notou que, duas semanas atrás, quando o BTC estava em US$ 117 mil, ele previu várias quedas que poderiam alarmar os investidores. Ele utilizou um sistema que determina níveis de preocupação no mercado, enfatizando que alarmes técnicos só seriam disparados se o BTC rompesse os US$ 100 mil.
Apesar do otimismo em torno do Bitcoin, a Moody’s trouxe uma visão bem mais cautelosa. No relatório de agosto, a agência indicou que a economia global deve continuar a desacelerar em 2025 e 2026. Isso ocorre porque os países ainda estão se adaptando a mudanças em políticas comerciais, fiscais e monetárias. Embora a incerteza comercial tenha diminuído desde abril, ela ainda deve permanecer elevada, afetando as decisões de negócios.
As previsões da Moody’s apontam uma desaceleração no crescimento global de 2,9% em 2024 para 2,4% em 2025 e 2026. Essa revisão reflete mais a volatilidade dos dados do que a resiliência do mercado frente às mudanças. A extensão dessa desaceleração dependerá do efeito cumulativo das tarifas dos EUA. Em agosto, acordos comerciais que cobrem cerca de dois terços das importações americanas ajudaram a trazer alguma previsibilidade. A Moody’s estima que tarifas mais altas podem representar um custo equivalente a cerca de 1% do PIB dos EUA.
Vários bancos centrais estão adotando políticas monetárias mais flexíveis. O Federal Reserve (Fed) pode retomar cortes de juros já em setembro, podendo levar a taxa Fed Funds a ficar entre 3,25% e 3,50% até 2026. Já o Banco da Inglaterra está reduzindo os juros gradualmente, enquanto o Banco Central Europeu está se aproximando do fim de sua fase de cortes. O Banco Popular da China deve continuar sua postura de estímulo, e o Banco do Japão deve aumentar gradualmente suas taxas até 1,0% em meados de 2026.
Nos EUA, o crescimento econômico tem sido modesto, com uma média de 1,4% no primeiro semestre de 2025. Indicadores de consumo e investimento estão mostrando uma economia desacelerando, impactada por incertezas comerciais e demissões no governo. Apesar disso, cortes nos juros e impostos, além de compromissos de investimento, podem trazer alguma esperança para a projeção.
Já na China, o crescimento deve enfrentar um ambiente externo desafiador e uma demanda interna fraca. O PIB real cresceu 5,2% no segundo trimestre, impulsionado por exportações e estímulos, mas a previsão para 2025 foi ajustada para 4,7%, com expectativa de desaceleração para 4% em 2026, principalmente por dificuldades no consumo interno e pela persistência de tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
Por fim, em uma análise que ecoa a de Dave The Wave, outros analistas como Pentoshi e Michael van de Poppe também têm a expectativa de que a Solana busque atingir US$ 250, acreditando que a valorização das altcoins pode se intensificar até 2027.