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Bitcoin sobe 1,6% e atinge US$ 110 mil hoje

O preço do Bitcoin subiu 1,6% nesta terça-feira, dia 2 de setembro de 2025, atingindo a marca de R$ 603.849,57. Essa recuperação é bastante significativa, principalmente porque o BTC conseguiu superar a barreira dos US$ 110 mil. Para muitos investidores, é crucial que o ativo se mantenha acima desse nível.

### Por que o preço do Bitcoin subiu hoje?

Três fatores principais explicam essa movimentação: o otimismo dos investidores institucionais, uma recuperação técnica em preços que eram considerados suporte e avanços nas regulamentações dos ETFs.

O otimismo foi impulsionado por uma análise do JPMorgan, que afirmou que o Bitcoin está subvalorizado em comparação ao ouro, o que reforçou a ideia de que estamos diante de um “ouro digital”. O banco ainda observou que a volatilidade do Bitcoin caiu para 30%, enquanto a do ouro fica em 15%. Com isso, o banco estabeleceu um preço-alvo de US$ 126 mil para o BTC.

Além disso, um número recorde de US$ 14,8 bilhões entrou em ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos em 2025, mostrando um forte apetite do mercado institucional. Esse cenário fez com que investidores vissem uma valorização potencial de 13% em relação ao preço-alvo, atraindo tanto fundos quanto traders individuais.

### O quadro técnico também contribui

O Bitcoin estava em uma fase de baixa e tocou a área de sobrevenda, com o RSI-14 em 40,56. Isso levou a um aumento nas compras, principalmente por traders de curto prazo, especialmente quando o ativo se aproximou do suporte de US$ 107 mil. Ademais, o fato de o preço estar acima da média móvel simples de 200 dias, que está em US$ 101.320, sugere que a tendência de longo prazo permanece positiva.

Por outro lado, algumas barreiras se colocam à frente. A média móvel simples de 50 dias, que fica em US$ 114.776, será um ponto de resistência a ser superado. Outros níveis importantes a se observar são os de US$ 113 mil (média de 30 dias) e US$ 115 mil (retracement de Fibonacci de 50%).

#### Avanços regulatórios e a questão dos ETFs

No campo regulatório, tivemos boas notícias. A SEC, que regula o mercado financeiro americano, aprovou resgates em espécie para ETFs de Bitcoin, o que pode facilitar o acesso de investidores institucionais. Essa decisão ajuda a aumentar a liquidez do mercado e sinaliza um avanço na maturação do ambiente regulatório dos Estados Unidos.

Outro ponto interessante é o pedido de ETF vinculado à Truth Social, apresentado em setembro. Se esse ETF for aprovado, pode atrair novos investidores, despertando o interesse não apenas de grandes investidores, mas também do público em geral.

Entretanto, a resistência em US$ 114 mil pode limitar os ganhos a curto prazo. Para que a recuperação se mostre sólida, o BTC precisa fechar acima de US$ 113 mil, acompanhado de um volume de negociações considerável. Até que isso ocorra, a tendência de alta ficará dependente do apetite das instituições e da habilidade do mercado em superar as barreiras técnicas.

### Análise macroeconômica do Bitcoin

Os próximos dias prometem ser de grande atenção, especialmente em relação às sinalizações do Federal Reserve. O resultado da reunião de setembro poderá influenciar diretamente o mercado. Se os juros forem mantidos altos por um tempo maior, isso pode pressionar ativos de risco. Por outro lado, se houver flexibilidade na política monetária, pode rolar uma recuperação no mercado de criptomoedas.

De acordo com André Franco, CEO da Boost Research, a expectativa por cortes de juros está criando um otimismo renovado nos mercados globais. O dólar americano está se desvalorizando e o ouro atingiu novas altas, refletindo a busca por segurança. Mesmo com o feriado nos EUA, os futuros na Europa e nos EUA subiram um pouco. O Bitcoin, seguindo esse otimismo, estava cotado em torno de US$ 110.200.

A expectativa é de um cenário moderadamente positivo a curto prazo, com a fraqueza do dólar e a possibilidade de cortes nos juros incentivando o apetite por ativos de risco, como o BTC.

### Análise técnica do Bitcoin

Guilherme Prado, da Bitget no Brasil, observou que o Bitcoin enfrenta uma tendência de baixa no curto prazo. O MACD semanal mostra que essa tendência pode se intensificar. Existe o risco de uma queda até os US$ 107 mil se a pressão vendedora continuar.

Porém, há uma possibilidade de recuperação caso haja uma nova injeção de liquidez ou se os cortes nos juros se concretizarem. O mercado continua sendo influenciado por narrativas quentes e por dados on-chain que mostram a necessidade de atenção em altcoins promissoras.

A movimentação recente de grandes investidores também não passou despercebida. Uma “baleia” vendeu 2 mil BTC, ou cerca de US$ 215 milhões, e comprou 49 mil ETH, indicando um possível interesse maior pelo Ethereum. Essas movimentações podem sinalizar um novo ciclo de liderança, onde o ETH se destaca mais que o BTC.

No campo dos derivativos, os sinais indicam cautela, com um RSI em 33,6, sinalizando sobrevenda. O volume de contratos futuros caiu para US$ 45 bilhões, mas há uma leve melhora na pressão vendedora.

Por fim, Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, destaca que o Bitcoin tende a atingir seu pico ou mínima logo nos primeiros dias do mês, o que torna essa fase turbulenta. Embora setembro não seja tradicionalmente um mês forte, outubro e novembro costumam ser mais promissores, então vale a pena ficar de olho.

No dia 2 de setembro de 2025, o preço do Bitcoin era de R$ 603.849,57. Para quem está pensando em investir, com esse valor, R$ 1.000 compra cerca de 0,0016 BTC.

As criptos que mais se valorizaram nesse dia foram o MemeCore, Bitget Token e Sky, com altas de 30%, 14% e 11%, respectivamente. Enquanto isso, as que registraram as maiores baixas foram World Liberty Financial, Official Trump e Filecoin, com quedas de -11%, -6% e -5%.

### O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que funciona e é trocada eletronicamente. Essa criptomoeda é descentralizada, ou seja, não pertence a nenhuma instituição ou governo. O que a torna única é que apenas 21 milhões de Bitcoins podem ser criados, e tudo isso começou em 2009, quando o criador, sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, lançou o software.

O segredo sobre a identidade de Nakamoto gera muitos rumores, e ele mesmo se afastou da comunidade em 2010, deixando o futuro do Bitcoin nas mãos de outros.

Uma das maiores vantagens do Bitcoin é a sua independência em relação a governos e bancos, o que garante aos usuários controle total sobre suas finanças. Além disso, todas as transações são registradas em um grande livro chamado Blockchain, que é público e transparente. Isso significa que erros ou tentativas de fraudes podem ser facilmente identificados.

A segurança das transações é garantida por assinaturas digitais que tornam quase impossível alterar qualquer informação sem que isso seja percebido. Isso leva cerca de dez minutos para ser minerado, um processo que mantém a integridade do sistema.

Esse é um breve panorama sobre o Bitcoin e como ele se comporta no mercado atual.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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