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Bitcoin a US$ 109 mil: riscos com a escolha do Ethereum

O mercado de Bitcoin está passando por um momento complicado, com grandes movimentações afetando a confiança no ativo. Recentemente, algumas “baleias” do Bitcoin, que são investidores que possuem grandes quantidades da moeda, começaram a trocar bilhões de dólares em Bitcoin por Ether (ETH). Esse movimento levanta preocupações sobre o suporte na faixa de US$ 108.000, que já foi uma marca importante para os grandes investidores.

Atualmente, o Bitcoin tem se mantido em uma faixa estreita de apenas 2,3% desde uma queda significativa para US$ 112.500 na última sexta-feira. Embora um dos fatores para essa falta de impulso seja o fechamento dos mercados regulados devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA, os derivativos também mostram que a confiança na manutenção do suporte de US$ 108.000 está diminuindo.

O prêmio anualizado dos futuros mensais de Bitcoin está em 7%, bem dentro da faixa considerada neutra, que varia de 5% a 10%. Essa estabilidade contrasta com o otimismo que se viu no final de agosto, quando o Bitcoin chegou a US$ 117.000 após um discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que trouxe esperanças de uma política monetária mais amigável.

Pressão de venda das baleias impacta o preço do Bitcoin

Por outro lado, o preço do ouro subiu 2,1% desde a última sexta-feira, o que deixa os traders de Bitcoin ainda mais inseguros. A criptomoeda já caiu 12,5% desde o seu pico em 14 de agosto, fazendo muitos se perguntarem se a queda se deve a um receio geral do mercado ou se são questões particulares do Bitcoin mesmo.

Recentemente, uma baleia, que manteve suas moedas por mais de cinco anos, decidiu trocar US$ 4 bilhões em Bitcoin por Ether. Essa movimentação, feita na exchange descentralizada Hyperliquid, mostra uma tendência de diversificação, onde as altcoins estão atraindo cada vez mais investidores, de acordo com o analista Nicolai Sondergaard, da plataforma de inteligência cripto Nansen.

Além disso, as opções de venda (put) do Bitcoin estão valendo 7% a mais do que as opções de compra (call), segundo dados da Deribit. Isso indica um certo desequilíbrio que é comum em mercados em queda. As baleias e os formadores de mercado parecem estar confiantes de que o suporte de US$ 108.000 pode não se sustentar.

Outro sinal de desconforto é a saída líquida de US$ 127 milhões dos ETFs de Bitcoin nos EUA na sexta-feira. Seja pela incerteza econômica global ou por fraquezas no próprio Bitcoin, os traders estão se mostrando cada vez mais apreensivos, como se pode notar pelos derivativos. No cenário internacional, os rendimentos dos títulos do governo do Reino Unido estão em alta, o que pode indicar expectativas de inflação crescente.

Os investidores estão exigindo retornos mais altos para manter títulos do governo, o que sugere um receio de que a moeda local possa perder valor. Esse aumento nos rendimentos eleva os custos de financiamento para dívidas futuras e novas emissões, o que pode afetar a economia de forma mais ampla.

As estimativas da CoinGlass apontam que cerca de US$ 390 milhões em posições compradas alavancadas correm o risco de liquidação se o preço do Bitcoin cair abaixo de US$ 107.000. O que acontece nos próximos dias pode depender de dados sobre o mercado de trabalho dos EUA, que serão divulgados em breve. Se a taxa de desemprego aumentar, isso pode criar um ambiente mais favorável para ativos de risco, levando o Federal Reserve a considerar cortes nas taxas de juros.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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