PF investiga grupo suspeito de lavar R$ 50 bi em criptomoedas
Na manhã desta quinta-feira, 4 de outubro, a Polícia Federal (PF) deu início à Operação Sibila em São Paulo, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que atuava na lavagem de dinheiro e evasão de divisas usando criptomoedas. A operação resultou em prisões e ações judiciais importantes.
A PF cumpriu cinco mandados de prisão temporária e dez mandados judiciais de busca e apreensão. Por volta das 8 horas, três pessoas foram presas, além de um mandado de prisão já executado anteriormente. Entretanto, um quinto suspeito está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
As investigações revelaram que o esquema criminoso usava empresas de fachada e pessoas interpostas para realizar suas manobras. Essa ação é uma continuação da Operação Colossus, que rolou em janeiro de 2024. Nela, o líder de uma rede criminosa foi preso, responsável por movimentar mais de R$ 50 bilhões em criptomoedas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2024.
O homem detido no aeroporto de Guarulhos tentava embarcar para Dubai e é considerado o operador financeiro do grupo. Ele se estabeleceu em Dubai para facilitar a continuidade de suas atividades, dificultando o trabalho das autoridades brasileiras. Sua prisão seguiu dias de monitoramento pela PF.
Essa operação foi uma pendência da ação anterior, a Operação Colossus, que começou em setembro de 2022. Na época, os suspeitos não foram localizados, mas agora a PF conseguiu avançar nas investigações. O detido é apontado como responsável por diversas práticas de lavagem de dinheiro e pela movimentação de recursos de origem ilícita, utilizando criptomoedas para camuflar a procedência dos valores.
Além disso, ele enfrentará acusações que incluem falsidade ideológica, evasão de divisas e operações financeiras irregulares. Vale lembrar que, na quarta-feira, 3 de outubro, a Polícia Civil do Distrito Federal também deflagrou a Operação EBDOX. O foco era uma falsa exchange de criptomoedas, que teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em investimentos fraudulentos, sob a liderança de cidadãos chineses. Essa investigação mostra como o tema das criptomoedas ainda gera polêmicas e desafios no Brasil e no mundo.