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Blockchain, stablecoins e exchanges para entender em 2023

O mercado de criptoativos está se movendo a passos largos, com novidades que vão desde a regulação até a utilização de blockchain em diversas áreas. No Brasil, por exemplo, a digitalização de documentos em blockchain está tornando os cartórios mais ágeis e seguros. Essa mudança tem reduzido drasticamente os custos — em até 90% — trazendo mais clareza e proteção jurídica em setores como precatórios, agronegócio e mercado imobiliário.

As exchanges também estão em uma intensa disputa pela liderança global. A Bitget se destacou entre as quatro maiores do mundo em negociações de derivativos, operando com cerca de US$ 750 bilhões mensalmente. Já a MEXC alcançou a segunda posição no ranking da CoinGecko, com uma participação de 8,6% no mercado de troca de criptomoedas e mais de 40 milhões de usuários espalhados por 170 países.

Outra inovação importante ocorreu no uso de stablecoins. Dados divulgados na Stablecoin Conference 2025 mostram que a adoção institucional dessas moedas dobrou em um ano na América Latina. O crescimento veio impulsionado principalmente pelos setores de games e serviços financeiros. A Bitso, uma das protagonistas desse cenário, aproveitou a ocasião para lançar uma nova identidade visual e premiar soluções inovadoras em pagamentos.

A tecnologia blockchain não para por aí. A empresa BBChain apresentou uma solução que promete combater a falsificação de medicamentos ao oferecer rastreabilidade e segurança em toda a cadeia farmacêutica. Esses aplicativos estão se tornando cada vez mais importantes, especialmente em meio a desafios como os que o setor enfrenta.

No campo esportivo, os Fan Tokens dos times brasileiros como Vasco, Fluminense e Palmeiras chegaram à Cube Exchange, ampliando a presença dos clubes no cenário esportivo digital. Esses tokens oferecem aos torcedores a chance de participar de enquetes e conquistar experiências únicas, enquanto trazem uma nova fonte de receita para os clubes.

Bitget ultrapassa US$ 500 bilhões em volume

A Bitget continua em alta, tendo sido considerada uma das quatro maiores exchanges do mundo em derivados, com um impressionante volume de US$ 11,5 trilhões negociados entre 2023 e 2025. Com uma média de US$ 750 bilhões mensais em transações, 90% desse volume provém de derivativos. Um dado interessante é que 80% do volume spot e 50% dos derivados são agora movimentados por instituições, mostrando como esse mercado vem atraindo olhares mais sérios.

Além disso, o token nativo da Bitget, o BGB, se destaca como o terceiro ativo mais negociado, atrás apenas de BTC e ETH. Para a CEO Gracy Chen, o crescimento revela que as instituições estão investindo cada vez mais na plataforma.

Bitso destaca adoção de stablecoins

Durante a Stablecoin Conference 2025, a Bitso compartilhou um relatório revelador sobre o uso de stablecoins. Esse uso cresceu consideravelmente entre 2024 e 2025, com os setores de games e serviços de pagamento na linha de frente da adoção. O documento mostra que muitas empresas estão fazendo uso dessas moedas para operações de câmbio, tesouraria e pagamentos B2B.

O foco do evento também foi a nova identidade visual da Bitso e a premiação de projetos inovadores que surgiram em um hackathon recente, abordando soluções de contratos tokenizados e pagamentos programáveis. Isso reafirma a posição da Bitso como parceira de mais de 1.900 instituições na região.

A maioria silenciosa dos ETFs é gerida de forma proativa

Um estudo da Franklin Templeton revelou que o mercado de ETFs está em forte crescimento, com aproximadamente 500 novos produtos lançados nos EUA apenas no primeiro semestre de 2025. Apesar da recente ênfase em estratégias ativas, mais de 90% dos ativos em ETFs ainda seguem uma abordagem indexada.

É importante notar que o termo “passivo” pode enganar. Monitorar índices exige disciplina e ajustes frequentes. Hoje, os ETFs também utilizam dados alternativos, como imagens de satélite, para reconhecer tendências. A diversificação dos investimentos é uma grande vantagem para os investidores, permitindo acesso a diversos ativos de uma só vez.

Torq promove debate sobre inovação

Em setembro, o Torq, núcleo de inovação da Evertec Brasil, realizará o evento Torq Talks como parte da SP Tech Week. A programação inclui discussões sobre como a inovação aberta está mudando o setor financeiro no Brasil. A palestra de João Ventura, CEO da Sling Hub, e um painel com outros líderes do setor prometem trazer insights valiosos.

Fan Tokens brasileiros chegam à Cube Exchange

Os Fan Tokens de times como Vasco, Fluminense e Palmeiras foram listados na Cube Exchange, uma iniciativa que amplia o alcance global dos clubes brasileiros no universo dos ativos digitais esportivos. Essa novidade oferece aos torcedores a chance de participar mais ativamente da vida do clube, por meio de enquetes e ofertas de experiências exclusivas.

MEXC alcança 2ª posição global entre exchanges

A MEXC se destacou como a segunda maior exchange centralizada do mundo no volume de negociação à vista, com uma participação de 8,6%. O volume registrado em julho de 2025 foi de US$ 150,4 bilhões, representando um crescimento significativo. Com mais de 40 milhões de usuários em 170 países, a MEXC continua a se expandir, mesmo em um cenário competitivo.

Blockchain reduz falsificação de medicamentos

O uso de blockchain no setor farmacêutico vem crescendo como uma solução eficaz para o problema da falsificação de medicamentos. Estima-se que até 10% dos remédios no mundo sejam falsificados, e no Brasil esse número pode chegar a 20%. O CEO da BBChain, André Carneiro, explica que a tecnologia oferece rastreabilidade em cada etapa da produção e distribuição, ajudando a proteger dados sensíveis e evitando fraudes.

Registros em blockchain

A digitalização de documentos com registro em blockchain está transformando muitos setores no Brasil e no mundo. Essa tecnologia oferece segurança, agilidade e até 90% de redução nos custos notariais, como afirma Pedro Xavier, CEO da Mannah. Exemplos práticos incluem a digitalização de precatórios e comprovantes no agronegócio, facilitando operações e transações.

A tendência está se espalhando globalmente, como mostra o caso da Estônia, que digitalizou praticamente todos os serviços públicos. O mercado global de blockchain tem tudo para ultrapassar US$ 1 trilhão até 2030, criando um novo espaço de confiança em negócios e administrações.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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