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Professor alerta: medo do confisco no Drex é terrorismo infantil

Com mais de 700 mil seguidores em seu canal no YouTube, o professor e escritor José Kobori acaba de entrar no debate quente sobre o Drex. Ele acredita que boa parte das preocupações que estão surgindo na internet, especialmente sobre um possível confisco de dinheiro nos bancos, está um tanto confusa.

Na visão de Kobori, o Banco Central do Brasil não está tentando criar uma moeda nova, mas sim desenvolver uma tecnologia que permita a tokenização de ativos. Ele critica as vozes alarmistas que se referem ao tema como “terror infantil”. Para ilustrar suas ideias, o professor compartilhou uma experiência profissional em que lidou com complicações envolvendo gravames de imóveis.

Kobori explica que a emissão do Drex não será feita diretamente para o povo, como muitos estão pensando. Ele menciona uma declaração do presidente do Banco Central, que em um evento no Rio de Janeiro, esclareceu que haverá intermediários — os bancos — nesse processo. Essa mudança será, na verdade, uma forma de facilitar transações financeiras, e não a criação de uma nova moeda digital, ao menos não da maneira que alguns imaginam.

Ele detalha o que são gravames, que são basicamente garantias usadas em financiamentos, como ao comprar um carro. Ao final do financiamento, as pessoas enfrentam uma burocracia para liberar o bem. A ideia com a tokenização é simplificar esse processo, tornando tudo mais automatizado. Assim como acontece com imóveis, essa operação será facilitada com a nova tecnologia.

“Terror infantil”, explica professor sobre possível confisco de dinheiro e vigilância do Estado sobre a população com o Drex

O Brasil já viveu momentos turbulentos como os episódios de hiperinflação nas décadas de 80 e 90, quando várias mudanças de moeda ocorreram para tentar contornar a crise. Um dos episódios mais marcantes foi o confisco da poupança na gestão de Fernando Collor, que deixou muitas pessoas descontentes. Essa ação, liderada pela então ministra Zélia Cardoso de Mello, não conseguiu controlar a inflação e resultou em um cenário político complicado, culminando no primeiro impeachment após a Constituição de 89.

Kobori relembra esse confisco como um evento triste, mas acredita que a mera introdução do Drex não será motivo para um novo episódio similar. Segundo ele, quem tem preocupações reais são aqueles que, de alguma forma, costumam movimentar dinheiro de forma ilícita. Para os cidadãos comuns, a digitalização do dinheiro pode ser uma evolução.

O professor também faz uma crítica a algumas lideranças que falam do medo do confisco relacionado ao Drex, chamando-os de irresponsáveis. Para ele, a preocupação com a segurança financeira e a liberdade dos cidadãos deve ser mais bem fundamentada.

Brasileiros têm acompanhado com atenção o processo de chegada do Drex e monitorado suas intenções

Os brasileiros estão de olho nas discussões acerca do Drex, refletindo bastante sobre temas como hiperinflação, segurança do dinheiro e liberdade financeira. O que se observa é um público que não aceita tudo passivamente; pelo contrário, está em busca de informações concretas.

Uma figura importante nesse debate tem sido a deputada federal Júlia Zanatta, que expressa preocupações sobre os potenciais impactos do Drex na fiscalização do Estado sobre a sociedade. Ela enfatiza a importância de estar atento ao poder que o governo terá sobre a população, seja por meio de ações políticas ou outras motivações.

Portanto, o cenário em torno do Drex continua a ser avaliado pela sociedade, com um olhar crítico voltado para as intenções do Banco Central e a verdadeira natureza dessa nova tecnologia. O futuro trará mais detalhes sobre essa questão que tem gerado tanto debate e apreensão entre os brasileiros.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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