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Strategy adquire 525 bitcoins enquanto empresas são avaliadas

A Strategy, conhecida por suas grandes movimentações no mercado de Bitcoin, anunciou na última segunda-feira (15) que adquiriu 525 BTC nos últimos sete dias. Com isso, a empresa, liderada por Michael Saylor, acumulou um total de 638.985 bitcoins, resultando em um lucro não realizado de incríveis US$ 26,2 bilhões. Isso mostra que, enquanto algumas companhias estão surfando a onda das criptomoedas, outras estão enfrentando desafios.

David Bailey, CEO da Nakamoto/KindlyMD, alertou que o setor de tesouraria está passando por uma maré baixa. Ele se manifestou no último sábado (13), mencionando que “todo o setor está sendo testado”. As ações da sua empresa, por exemplo, têm enfrentado uma queda acentuada desde que atingiram seu pico em maio, refletindo a instabilidade que muitos estão sentindo.

Strategy compra mais Bitcoin e segue dominando o mercado

Como de costume, Saylor compartilhou as novidades sobre as compras de Bitcoin da Strategy. Na mesma atualização, ele destacou que a empresa comprou 525 BTC por cerca de US$ 60,2 milhões, com um preço médio de aproximadamente US$ 114.562 por unidade. Ele ainda ressaltou que, em 14 de setembro de 2025, a estratégia totalizou 638.985 BTC, adquiridos por cerca de US$ 47,23 bilhões, o que dá uma média de US$ 73.913 por bitcoin.

Um relatório enviado à SEC revelou que a empresa levantou US$ 34 milhões através do STRF ATM, além de US$ 17,3 milhões e US$ 16,9 milhões dos STRK e STRD ATMs, respectivamente, sem precisar vender ações ordinárias.

É importante frisar que a Strategy se destaca no setor, detendo cerca de 63,2% de todos os bitcoins mantidos por empresas públicas. Enquanto isso, outras companhias tentam acompanhar seu ritmo, mas com muito mais dificuldade.

Setor está sendo testado, diz David Bailey

David Bailey, por sua vez, comentou sobre o cenário complicado que muitas empresas estão enfrentando. Ele chamou a atenção para problemas como “financiamento tóxico” e a presença de altcoins que não conseguiram se firmar. Como ele mencionou, essa confusão está distorcendo a narrativa do mercado.

Bailey fez uma comparação interessante, dizendo que empresa de tesouraria do sistema fiduciário é como um banco, enquanto agora estão surgindo “Bancos de Bitcoin”. O objetivo é claro: construir e monetizar seus ativos, o que pode garantir crescimento a longo prazo. No entanto, se uma estratégia falhar, as empresas podem acabar sendo compradas por aquelas que estão navegando melhor neste ambiente.

As ações da KindlyMD, por exemplo, despencaram 55,6% nesta segunda-feira (15). Isso aconteceu após a empresa liberar a venda de ações para investidores iniciais, que acabou aumentando a oferta no mercado e derrubando o preço. Em comparação com os altos de maio, o que se vê agora é uma queda de 96%.

Atualmente, muitas empresas estão operando com um ‘mNAV’ negativo. Essa métrica compara o valor de mercado da empresa com seus ativos líquidos, indicando que, neste caso, o valor delas é inferior ao dos bitcoins que possuem. Se for positivo, isso permite que essas empresas diluam seus acionistas para comprar mais bitcoins, um movimento que muitos consideram como um truque financeiro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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