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Crédito Saison, de Japão, cria fundo de investimento em blockchain no Brasil

Recentemente, o mundo das criptomoedas ganhou mais um grande player. A Saison Capital, um importante fundo de venture capital japonês, anunciou que o Onigiri Capital está focado em impulsionar projetos de blockchain no Brasil. Isso é bastante animador para quem acompanha o desenvolvimento desse setor no país!

A Saison Capital é parte do Credit Saison, uma das principais instituições financeiras não bancárias do Japão, listada na Bolsa de Valores de Tóquio. O Onigiri Capital foi lançado globalmente na última sexta-feira e já começou com um capital de US$ 50 milhões para investir em ideias inovadoras no campo da blockchain. Até agora, o fundo já arrecadou US$ 35 milhões e está de olho em startups que oferecem soluções em áreas como stablecoins, pagamentos, ativos tokenizados, finanças descentralizadas e infraestrutura de mercados financeiros.

Em uma conversa bem interessante com a Exame, Qin En Looi, sócio da Saison Capital e managing partner do Onigiri Capital, comentou sobre as ambições do fundo para a América Latina. Ele acredita que a região tem muito potencial para inovação em blockchain, e os investidores da Ásia e dos Estados Unidos que decidirem apoiar o fundo terão acesso a uma rede privilegiada de startups latino-americanas.

Qin En Looi destacou que o Brasil é um dos países mais avançados em termos de infraestrutura de pagamentos. O que o Onigiri Capital oferece vai além do dinheiro; ele menciona que o verdadeiro valor está em três aspectos: acesso institucional, conexão com a Ásia e uma boa dose de validação e visibilidade para os projetos que apoiam. Ele também ressaltou um ponto importante: o envio de dinheiro entre o Brasil e o exterior ainda é um processo que pode ser complicado e caro, e é aí que o blockchain se torna um trunfo.

A empresa enfatiza que o lançamento do Onigiri Capital acontece em um cenário positivo de recuperação do investimento em blockchain, alcançando níveis que não eram vistos desde 2022. Segundo o fundo, a tokenização de ativos reais deve chegar a impressionantes US$ 10 trilhões de mercado até 2030. Além disso, grandes nomes do mercado financeiro, como BlackRock e Goldman Sachs nos Estados Unidos, e MUFG e Banco da China na Ásia, já estão se movimentando para integrar o blockchain à sua estrutura financeira tradicional.

Enquanto isso, há também novidades interessantes no Brasil. Salvador, por exemplo, está considerando a possibilidade de aceitar criptomoedas para o pagamento de impostos. Além disso, o Itaú lançou um relatório que se concentra no mercado de criptomoedas, prevendo que o Ethereum pode valorizar mais que o Bitcoin se o mercado entrar numa nova fase de alta.

Esses movimentos mostram que o Brasil tem se posicionado de forma crescente no mercado global de criptomoedas e blockchain, e as perspectivas são realmente promissoras!

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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