Segundo dados do Lookonchain, um grande investidor de Bitcoin fez um movimento recentemente e vendeu 1.176 BTC, o que equivale a cerca de US$ 136 milhões, na plataforma Hyperliquid. Essa venda ocorre apenas algumas semanas depois de ter liquidado 35.991 BTC, totalizando mais de US$ 4 bilhões, em troca de 886.371 ETH.
Mesmo com essa venda expressiva, esse “baleia” ainda possui cerca de 49.634 BTC, avaliados em mais de US$ 5,4 bilhões, divididos em quatro carteiras. No entanto, as recentes liquidações já diminuíram suas participações significativamente. Esses grandes movimentos de venda são observados com atenção, pois podem impactar o mercado e causar flutuações de liquidez.
Além disso, carteiras que estavam inativas há muitos anos voltaram a ser utilizadas. O Whale Alert, um serviço que monitora transações, registrou um endereço que movimentou 479 BTC após 12,8 anos sem atividade. Outro endereço, que detinha 445 BTC, também foi reativado depois de quase 13 anos. Essas movimentações costumam ser um sinal de risco, aumentando a pressão de venda que o mercado já enfrenta.
ETFs tentam equilibrar a pressão de venda de BTC
Apesar das vendas recentes, a busca por ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos tem proporcionado um suporte considerável ao ativo. A Glassnode reportou que esses fundos tiveram uma entrada de 5.900 BTC no dia 10 de setembro, o maior fluxo diário desde julho. Esses números indicam que a demanda institucional está forte e permite que o preço do Bitcoin se mantenha acima de US$ 114.000, mesmo com a pressão das vendas das baleias.
Esses fluxos demonstram um verdadeiro jogo de forças no mercado. De um lado, investidores antigos estão liberando valores consideráveis. Do outro, os produtos regulados, como os ETFs, estão absorvendo grandes quantidades de Bitcoin. Isso gera uma incerteza interessante: será que os ETFs conseguem suportar essa pressão de venda enquanto o Bitcoin se prepara para um novo movimento?
Perspectiva técnica para o BTC hoje
Analisando os gráficos, é possível ver que o Bitcoin se encontra em um triângulo descendente, pressionando uma resistência na faixa de US$ 116.750. A média móvel exponencial de 50 dias, que está em US$ 114.360, ainda é um sinal positivo para quem acredita em uma alta futura. O Índice de Força Relativa (RSI), por sua vez, está em 57, indicando que ainda há espaço para crescimento, sem estar supercomprado.
Os últimos candles formaram um padrão de “spinning top”, que é comum antes de grandes oscilações no mercado. Se os compradores conseguirem romper a resistência e ultrapassar os US$ 116.750, o Bitcoin pode rapidamente alcançar os US$ 122.200, com projeções mais otimistas indo até US$ 124.500. Por outro lado, se não houver sustentação acima de US$ 114.000, podemos ver uma queda até os US$ 112.000, e um recuo maior pode levar o preço a US$ 108.250.
Especialista comenta os próximos passos do BTC
Kais Altabbaa, que é gerente de desenvolvimento de negócios da Bitget no Brasil, ofereceu uma análise do atual cenário do Bitcoin. Para ele, o mercado está em um momento de espera, com o ativo rondando os US$ 115.300. Ele também fala sobre níveis importantes de suporte em US$ 113.000 e US$ 110.000, e resistências mais próximas em US$ 116.700 e US$ 118.000.
No que diz respeito ao cenário econômico, Altabbaa menciona que a recente surpresa nos dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) mantém em pauta o debate sobre cortes de juros. A decisão do Federal Reserve, que deve ser divulgada em breve, pode ser o principal fator que vai influenciar o mercado a curto prazo. Além disso, a instabilidade nos preços do petróleo e as movimentações regulatórias em relação às stablecoins também adicionam uma camada extra de incerteza ao cenário atual.
Devido a tudo isso, ele recomenda cautela, sugerindo evitar alavancagens excessivas e aguardar confirmações de rompimento antes de aumentar a exposição no mercado. É um momento de clara disputa entre a pressão de venda das baleias e a força de compra dos ETFs, com o Bitcoin se aproximando de níveis críticos que podem levar a uma quebra de resistência ou a uma correção nos preços.
