A LimeWire, que já foi uma conhecida plataforma de compartilhamento de arquivos, está de volta de uma maneira bem interessante. Agora, a empresa se transformou em uma iniciativa focada em Web3 e anunciou que adquiriu os direitos do polêmico Fyre Festival, prometendo um relançamento com um toque de criptomoedas.
Na última terça-feira, a LimeWire revelou que comprou todo o pacote do Fyre Festival: a marca registrada, o logotipo, o domínio e até as contas nas redes sociais. Em uma conversa com o Cointelegraph, Marcus Feistl, o diretor de operações da LimeWire, contou que essa nova versão do evento vai incluir experiências presenciais. O acesso a produtos e serviços será facilitado pelo token LMWR da LimeWire.
Lembrando um pouco da história, o Fyre Festival ficou famoso pelo caos que aconteceu em 2017. Prometido como um festival de música de luxo nas Bahamas, acabou virando um fiasco, com os participantes enfrentando falta de comida e acomodações. O fundador do evento, Billy McFarland, acabou sendo condenado por fraude e preso. Vale destacar que, segundo a LimeWire, McFarland não vai ter nenhuma participação nesse novo projeto.
Direitos do Fyre Festival adquiridos no eBay
De acordo com uma matéria do New York Times, os direitos do Fyre Festival foram adquiridos no eBay por US$ 245 mil. Feistl comentou que a LimeWire garantiu “a marca registrada, o logotipo, o domínio e as contas de redes sociais”. Para ele, isso significa que a empresa assegurou “toda a propriedade intelectual relevante da marca”.
Embora ainda não tenha revelado muitos detalhes, a LimeWire afirmou que o token LMWR será crucial para esse novo projeto, facilitando o acesso a futuras ofertas. Julian Zehetmayr, CEO da LimeWire, explicou que não se trata de trazer o festival de volta, mas sim de “reviver a marca e o meme”.
Feistl também acrescentou que existem várias formas de integrar o LMWR no novo projeto do Fyre, mencionando tanto utilidades práticas quanto estratégias de marketing.
LimeWire: do compartilhamento de arquivos ao mercado cripto
A LimeWire ficou famosa nos anos 2000 como serviço de compartilhamento de arquivos peer-to-peer, mas encerrou suas atividades em 2010. Anos depois, em 2022, a empresa voltou com um marketplace de tokens não fungíveis (NFTs), atraindo a atenção de uma nova base de usuários.
Em 2023, a LimeWire lançou um jogo Web3 inspirado no Windows XP, pegando carona na nostalgia da era da pirataria digital. Mais recentemente, no final de 2024, a marca também voltou às suas raízes com um recurso de compartilhamento descentralizado de arquivos, agora utilizando a tecnologia do BNB Greenfield.
