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PEC da Segurança Pública inclui especialistas em criptomoedas

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, deputado federal Mendonça Filho, está planejando uma audiência pública para discutir o uso de criptomoedas no combate ao crime organizado. Ele pretende contar com a presença de especialistas do Rede-Lab para trazer luz sobre o assunto.

Na proposta, Mendonça aponta que deseja ouvir vários profissionais relevantes na área de segurança e criminalidade. Entre os convidados para essa conversa estão:

  1. Leandro Piquet Carneiro – Professor Doutor do Instituto de Relações Internacionais da USP e Coordenador da Escola de Segurança Multidimensional.

  2. Isaías Novaes – Delegado de Polícia Civil de Pernambuco, que já coordenou o Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e agora é Diretor de Inteligência.

  3. Jonas Tomazi – Coordenador da Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro e especialista em Inteligência de Fontes Abertas.

  4. Marco Antonio Loschiavo Leme de Barros – Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado.

  5. Daniel Ricardo de Castro Cerqueira – Pesquisador e economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Se o pedido for aprovado, Jonas Tomazi será um dos principais oradores, trazendo insights sobre como as criptomoedas se conectam às investigações sobre crime organizado no Brasil.

Ministro da Justiça foi o primeiro a ser ouvido na avaliação da PEC

Recentemente, o deputado Mendonça Filho esteve presente em uma audiência junto ao Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o deputado Aluisio Mendes. Durante a conversa, Lewandowski destacou que a criminalidade atualmente não é mais apenas um problema local, mas sim uma questão global, exigindo uma abordagem integrada entre União, estados e municípios.

Ele ressaltou: “É crucial que enfrentemos esse fenômeno de maneira estruturada e sistemática. A criminalidade organizada afeta até mesmo a soberania dos países.” Com essa visão, Lewandowski enfatizou que a proposta não se trata de interferir na autonomia dos estados, mas de criar mecanismos que favoreçam a cooperação e a coordenação das ações de segurança.

Além disso, ele mencionou que a legislação atual, conforme o artigo 144 da Constituição de 1988, está ultrapassada e não reflete mais a realidade do crime organizado.

A PEC 18/25 busca reformular a segurança pública no Brasil, fortalecendo o papel da União no planejamento e coordenação das políticas do setor, mas sem comprometer a autonomia dos estados.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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