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IA rastreia criptomoedas e identifica R$ 11 bi em sonegação

A Receita Federal do Brasil (RFB) está dando uma nova cara ao combate à sonegação fiscal. Na última terça-feira (16), a auditora Sônia Accioli revelou que grandes esquemas de fraude estão sendo desmantelados com a ajuda da inteligência artificial (IA). A tecnologia tem sido uma aliada poderosa nesse jogo, já que a Receita identificou fraudes que somam impressionantes R$ 11 bilhões.

Durante o Seminário LIDE – Segurança Pública, onde empresários e especialistas debateram temas cruciais, Accioli destacou que a Receita está investindo em ferramentas de tecnologia para monitorar transações digitais. O que a torna ainda mais eficaz na identificação de atividades suspeitas, especialmente envolvendo criptomoedas. Essa inovação não só ajuda a detectar fraudes, mas, em muitos casos, permite uma ação ágil antes mesmo que a fraude se consolide.

A auditora também enfatizou que o uso da IA não é apenas uma forma de punir, mas também de incentivar a conformidade e evitar disputas legais. Isso mostra que a tecnologia pode ser aliada em diversas frentes.

No começo deste mês, a Receita começou a utilizar a IA em um sistema que faz parte do Projeto Analytics. Essa plataforma, desenvolvida por auditores fiscais e analistas tributários, usa algoritmos sofisticados e análise de redes complexas. O resultado? Um aumento significativo na capacidade de detectar fraudes e trazer mais segurança nas decisões fiscais.

Novas Iniciativas

Durante o mesmo seminário, Mário Sarrubbo, secretário nacional de Segurança Pública, anunciou a criação da Rede Ciber. Essa plataforma conectará delegacias especializadas em crimes digitais, incluindo aqueles que envolvem criptomoedas. Sarrubbo também informou que o Ministério da Justiça destinou R$ 50 milhões para que todas as delegacias estaduais adquiram softwares de coleta de dados, como o Cellebrite.

Ele destacou que “o crime avança quando não é esclarecido” e reforçou que a tecnologia é vital para oferecer respostas rápidas e integrar ações de combate ao crime, especialmente no ambiente digital.

Os investimentos em tecnologia são uma tendência que promete continuar. Com isso, órgãos de fiscalização terão ferramentas mais robustas para investigar casos como o de Dante Felipini, acusado de lavar R$ 20 bilhões em criptomoedas. Sua trajetória, que começou com comerciantes chineses e se conectou ao Hezbollah, já é assunto de investigações profundas, reveladas pelo jornalista Allan de Abreu. O panorama está mudando, e a tecnologia está no centro dessa transformação.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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