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33 milhões de brasileiros adotam identidade em blockchain

Mais de 33 milhões de brasileiros já têm sua identidade validada em blockchain, representando um grande avanço na forma como lidamos com a documentação civil no país. E uma notícia interessante é que Novo Santo Antônio, no Piauí, se tornou o primeiro município a alcançar 100% da população registrada com a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN), que utiliza o registro em blockchain do CPF para validar os dados.

No total, foram emitidos 2.886 documentos, incluindo registros para crianças de zero a 12 anos, que representam 18,2% do que foi emitido. O Piauí tem liderado essa iniciativa, com 40% da sua população já documentada. Para Marcelo Mascarenhas, superintendente de Cidadania Digital, esse resultado reflete o compromisso do governo local em promover inclusão e modernização.

Rogério Mascarenhas, secretário de Governo Digital, comemorou essa conquista. Ele ressaltou a importância disso para a identificação da população, um problema que o Brasil enfrenta há anos. É uma vitória celebrar que um município já registrou todos os seus habitantes com a CIN.

Blockchain garante segurança e imutabilidade dos dados

A utilização de blockchain na nova Carteira de Identidade Nacional é um diferencial importante. Essa tecnologia, que também está por trás do funcionamento de criptomoedas como o Bitcoin, garante a imutabilidade dos dados. Com isso, as informações que são compartilhadas entre a Receita Federal e os órgãos de identificação civil não podem ser facilmente alteradas ou falsificadas.

A solução b-Cadastros, desenvolvida em parceria entre a Receita Federal e o Serpro, já é utilizada para garantir a segurança entre os órgãos aduaneiros do Mercosul. Além disso, a descentralização dos dados, distribuídos em várias máquinas, reduz a vulnerabilidade a possíveis ataques cibernéticos.

A CIN também inclui um QR Code que ajuda a validar a autenticidade do documento na versão digital, que pode ser acessada na wallet do Gov.br. Nas versões físicas, a tecnologia aplicada é a do Ministério da Justiça, com criptografia que permite associar várias informações à CIN, tornando o documento mais funcional e seguro.

Futuramente, o cidadão poderá incluir o número de outros documentos na carteira, facilitando ainda mais sua utilização como uma identificação única. Todos esses dados estarão disponíveis para conferência no Gov.br, simplificando a vida do brasileiro.

Meta do governo: 150 milhões até 2026

A ministra da Gestão, Esther Dweck, anunciou que a meta de ter 150 milhões de brasileiros com a CIN validada em blockchain, que inicialmente estava prevista para 2031, foi antecipada para 2026.

Essa nova identidade resolve um problema antigo: antes, cada estado podia emitir documentos diferentes, o que resultava em duplicidades e confusões. Agora, com o CPF como número único de identificação nacional, temos um sistema mais organizado e seguro, o que deve ajudar na eficiência administrativa e na segurança pública.

Com a CIN, acessar serviços como marcação de consultas no SUS ou atualizar dados em programas sociais será mais fácil, já que todos os sistemas poderão consultar uma base única de informações em tempo real, tornando a vida do cidadão bem mais prática.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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