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Autor de pai rico, pai pobre questiona bancos centrais

O autor de “Pai Rico, Pai Pobre”, Robert Kiyosaki, é um fervoroso defensor do Bitcoin e não hesita em criticar o que considera um erro na educação financeira das crianças. Para ele, é uma vergonha que essas gerações sejam ensinadas a lutar por uma moeda que se desvaloriza com o tempo. Segundo Kiyosaki, muito do que se ensina nas escolas sobre dinheiro está ultrapassado e contribui para que as classes mais baixas continuem em dificuldades financeiras.

Ele expressou essa opinião em um podcast com Jordan Walker, cofundador da Bitcoin Collective, onde destacou que seguimos um roteiro de vida que só parece levar à frustração. “Vá para a escola, arrume um emprego, trabalhe duro, economize e coloque tudo em um fundo de aposentadoria cheio de lixo”, ele disse, rebatendo essa linha de pensamento como prejudicial.

Kiyosaki não poupou críticas aos bancos centrais, chamando-os de “organizações criminosas”. Para ele, sempre que o governo imprime mais dinheiro, os ricos ficam mais ricos, enquanto as classes média e baixa sofrem. A realidade, segundo ele, é que essa prática provoca mais pobreza e desigualdade.

Recentemente, uma pesquisa revelou que $1.000 investidos em agosto de 2000 teriam perdido quase 47% do seu valor devido à inflação. Espera-se que o Federal Reserve mantenha a inflação em 2% ao ano, mas desde 2021, isso não tem acontecido. A inflação oficial de agosto foi de 2,9%, enquanto a inflação núcleo chegou a 3,2%. Em contraste, o Bitcoin teve um desempenho notável, valorizando mais de 900% nos últimos cinco anos.

Kiyosaki e seus Bitcoins

Kiyosaki confessou que demorou um tempo para entender o Bitcoin, mas começou a investir quando a moeda estava a $6.000. Hoje, ele possui cerca de 60 BTC, que valem aproximadamente $7 milhões. Ele se diverte ao pensar sobre como poderia ter comprado mais quando tinha a chance. Agora, ele usa os lucros de seus imóveis para investir em uma variedade de ativos, incluindo petróleo e metais preciosos, além do Bitcoin e Ethereum.

Em abril, ele se atreveu a prever que o Bitcoin pode alcançar $1 milhão na próxima década. Mesmo com esse otimismo, ele está ciente dos riscos e alertou a respeito de ETFs, que considera “ativos de papel” e ainda vulneráveis a crises financeiras. Kiyosaki reconhece, no entanto, que para muitos investidores, os ETFs são a maneira mais acessível de entrar no mercado.

A inflação e seus efeitos globais

As preocupações de Kiyosaki sobre a inflação fazem sentido. Em várias partes do mundo, a hiperinflação realmente tem corroído o poder de compra de pessoas comuns. Por exemplo, na Venezuela, a população se adaptou ao uso de stablecoins, como o Tether (USDT), para lidar com uma inflação que atinge impressionantes 229% ao ano. O valor do dólar, que há pouco tempo trocava por 51,95 bolívares, agora vale 161,74, segundo a taxa de câmbio.

Na Argentina, a desvalorização do peso está levando cada vez mais pessoas a abandonarem a moeda local e seus títulos. Especialistas financeiros, como Saifedean Ammous, afirmam que muitos investidores estão migrando para o dólar americano e para o Bitcoin, em busca de maior segurança. O CEO da Real Vision, Raoul Pal, também recomenda que os investidores considerem aumentar suas participações em criptomoedas e NFTs como forma de se proteger da desvalorização.

Esses cenários globais mostram como a busca por alternativas financeiras está se intensificando, especialmente em momentos desafiadores.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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