Ministério público do rio forma núcleo para crimes com criptomoedas
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançou, nesta semana, o Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos, conhecido como CyberGAECO. Essa nova estrutura tem um objetivo claro: identificar, prevenir e combater organizações criminosas que atuam online, muitas vezes utilizando criptomoedas e a dark web para praticar crimes e lavar dinheiro.
De acordo com o MPRJ, a criação do CyberGAECO surge como uma resposta estratégica às novas formas de criminalidade que ganham força com a tecnologia. O investimento em modernização das investigações é um ponto central para fortalecer a atuação do órgão na luta contra esses crimes.
O procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, destacou que a equipe está passando por uma capacitação intensa. Eles terão acesso a recursos tecnológicos importantes que ajudarão na luta contra essa nova criminalidade. É um avanço que promete fazer a diferença nas investigações.
Integrado ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), o CyberGAECO atuará de maneira colaborativa, envolvendo inteligência, investigações, ações judiciais, recuperação de bens e colaboração internacional. O objetivo é desmantelar grupos criminosos e aumentar a eficácia no combate ao cibercrime.
Letícia Emile Alqueres Petriz, coordenadora do GAECO, comentou que esse núcleo contará com um laboratório próprio. Esse espaço será dedicado à coleta e análise forense, oferecendo ferramentas avançadas para promotores, servidores e policiais durante as investigações. Ela também mencionou que essa iniciativa é uma maneira moderna de enfrentar o aumento das fraudes eletrônicas, ataques a sistemas e operações ilícitas com criptoativos.
O subcoordenador do novo núcleo, Marcos Davidovich, ressaltou a importância de uma abordagem integrada, que una análise de dados, investigação e parceria entre instituições. Para efetivamente desarticular essas redes criminosas, é necessário inovar nas táticas de investigação, especialmente quando se trata de crimes cibernéticos.
Além disso, o CyberGAECO terá a missão de interagir com órgãos públicos e entidades privadas, tanto nacionais quanto internacionais. Isso incluirá buscar informações e tecnologias que ajudem a monitorar condutas ilegais. O núcleo também trabalhará na formulação de políticas públicas e ações coordenadas para prevenir crimes na internet.
Recentemente, o MPRJ, em parceria com o Ministério Público de Santa Catarina, anunciou uma colaboração com a empresa Chainalysis, que oferece tecnologia para rastrear transações em blockchain. Essa parceria visa aprimorar as capacidades investigativas das instituições, com foco especial em crimes financeiros digitais que envolvem criptomoedas.