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Nubank adota stablecoins dolarizadas para pagamentos

O Nubank, o maior banco digital da América Latina, está dando um passo importante no mundo das criptomoedas. Agora, a instituição planeja integrar stablecoins, que são moedas digitais atreladas ao dólar, em seu sistema de pagamentos. A ideia é que elas comecem a ser utilizadas nas transações feitas com cartões de crédito do banco.

O CEO do Nubank, David Vélez, ressaltou que muitos clientes vêm utilizando criptomoedas como uma forma de reserva de valor, mas esse padrão de comportamento está mudando. Para ele, é essencial que os bancos acompanhem essa evolução, aceitando depósitos digitais e oferecendo crédito baseado em ativos criptográficos.

Nubank vê mudança no uso de stablecoins

Essa iniciativa do Nubank mostra como o banco está se expandindo no universo cripto. Com sede em São Paulo e mais de 100 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, o Nubank entrou no mercado de criptomoedas em 2022, oferecendo Bitcoin e serviços para negociação de criptoativos. Desde o começo de 2025, a plataforma passou a aceitar altcoins como Cardano, Cosmos, Near Protocol e Algorand.

A popularidade das stablecoins está crescendo na América Latina, e o Brasil está no centro dessa movimentação. Recentemente, o presidente do Banco Central brasileiro informou que cerca de 90% das atividades cripto no país são relacionadas a essas moedas digitais atreladas ao dólar. Com a alta inflação e a volatilidade do real, tokens como USDT e USDC têm se tornado uma alternativa bastante popular para os brasileiros.

Stablecoins ganham força na América Latina

Esse fenômeno não é exclusivo do Brasil. Na Argentina, que enfrenta uma inflação que ultrapassa os 100%, as stablecoins representaram mais de 70% das transações em criptomoedas em 2024. Na Venezuela, onde a inflação annual alcançou 229% em maio, moedas como USDT estão presentes em quase metade das transações cripto que envolvem valores abaixo de US$ 10 mil.

Até mesmo a Bolívia fez uma reavaliação quanto ao uso de criptomoedas. Em 2024, o país suspendeu a proibição anterior e firmou um acordo com El Salvador para impulsionar a adoção das moedas digitais. Agora, o Banco Central da Bolívia está apoiando pagamentos realizados com Bitcoin e stablecoins no sistema financeiro local.

EUA aceleram adoção cripto

Nos Estados Unidos, a adoção de criptomoedas também está em ritmo acelerado. A aprovação recente do GENIUS Act, sancionada pelo ex-presidente Donald Trump, visa consolidar a relevância do dólar, apoiando stablecoins em mercados globais. O Tesouro americano projeta que o mercado de stablecoins pode ultrapassar os US$ 2 trilhões até 2028, indicando uma demanda crescente por mais liquidez e regulamentação no setor.

Enquanto isso, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, acredita que o mercado de criptomoedas pode crescer de US$ 250 bilhões para até US$ 2 trilhões em pouco tempo. Ele mencionou que muitos especialistas acreditam que a quantia pode chegar a esse patamar rapidamente, e a Ripple está bem posicionada para navegar por essa transformação.

Além disso, a Western Union mostrou interesse em utilizar stablecoins para modernizar suas operações de remessa, sinalizando uma nova fase de transformação digital para o setor financeiro.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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