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Bitcoin: previsão indica possível queda para US$ 105 mil

O Bitcoin está passando por um momento decisivo, especialmente após a última reunião do FOMC da Reserva Federal dos Estados Unidos, que aconteceu em 17 de setembro. Nessa ocasião, a Fed decidiu reduzir a taxa de juros em 25 pontos básicos, uma decisão que logo teve reflexos no mercado, especialmente nos preços das criptomoedas.

Recentemente, o Bitcoin (BTC) estava sendo negociado a cerca de US$ 116.400, refletindo a forte volatilidade que dominou esse período. O presidente da Fed, Jerome Powell, explicou que essa redução foi motivada pelo arrefecimento da inflação e pela solidez do mercado de trabalho. Ele mencionou que essa movimentação é um passo em direção a uma política monetária mais neutra. Contudo, no mundo das criptomoedas, o impacto foi maior sobre as altcoins, enquanto o Bitcoin travou um movimento lateral, sem conseguir ultrapassar os US$ 118 mil.

Bitcoin agora: derivativos e opções em níveis recordes

Após o anúncio da Fed, o mercado de derivativos de Bitcoin reagiu de maneira intensa. A Glassnode, uma empresa que analisa dados da blockchain, revelou que os contratos futuros enfrentaram short squeezes, uma situação em que posições vendidas são forçadas a se fechar pela pressão de compras. O interesse aberto nos futuros perpétuos chegou a 395.000 BTC, mas deu uma recuada para 380.000 BTC, alternando entre posições compradas e vendidas.

No setor de opções, o movimento foi ainda mais expressivo. O interesse aberto bateu um recorde histórico de 500.000 BTC, e o vencimento marcado para 26 de setembro promete ser o maior até agora. A Glassnode também alertou que os fluxos em torno dos US$ 110 mil são considerados um ponto de dor, o que pode afetar bastante o mercado à vista.

Com a alta recente, 95% da oferta circulante de Bitcoin está em lucro, o que significa que quase todos os investidores estão ganhando em relação ao custo de aquisição. Essa base média de custo está em torno de US$ 115.200, portanto, manter esse nível é crucial para sustentar a tendência positiva.

BTC vai cair para US$ 105 mil? Quando e como?

A Glassnode destacou que, se o Bitcoin perder o suporte dos US$ 115 mil, ele pode rapidamente descer até US$ 105.500. Isso se deve ao fato de que a fragilidade dos fluxos de capital, especialmente em momentos de alta volatilidade, pode levar a uma retração no mercado. Apesar disso, alguns especialistas têm uma visão diferente.

O analista Carmelo Alemán afirma que essa previsão é exagerada, pois acredita que o Bitcoin está em uma trajetória de alta desde 31 de agosto, acumulando mais de 18 dias de crescimento. Para ele, o ativo está formando uma figura chamada de ‘taça invertida’, o que poderia indicar um movimento em direção a US$ 124 mil. Segundo esse ponto de vista, mesmo que haja uma leve queda, a tendência de alta continua.

A analista Doris Yau também considera improvável que o Bitcoin desça para US$ 105 mil. Ela acredita que o maior nível de liquidações está em US$ 110 mil, onde sim há riscos de pressão de venda. Porém, ela aponta que a presença de investidores institucionais mudou a dinâmica do mercado, especialmente com a entrada dos emissores de ETFs de Bitcoin.

O papel dos investidores institucionais

Doris Yau comenta que, atualmente, sempre que as criptomoedas enfrentam quedas de 3% a 5%, grandes compradores rapidamente entram no mercado. Essa abordagem cria um suporte natural para os preços, diferentemente dos ciclos anteriores, que eram dominados por investidores de varejo.

Ela argumenta que a alta volatilidade vista após a fala de Powell se deve à valorização acumulada de 40% desde o último corte de juros, realizado em dezembro de 2024. O comportamento do mercado demonstrou o padrão clássico de ‘comprar o boato e vender a notícia’. Ela observou que enquanto Powell se mostrava cauteloso, o Bitcoin mantinha estabilidade. No entanto, logo após o fim de sua fala, seu preço saltou de US$ 115 mil para US$ 117 mil, indicando que os investidores interpretaram o anúncio como positivo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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