O Federal Reserve (FED), o banco central dos EUA, anunciou uma redução na taxa básica de juros. Essa mudança vem em um momento em que sinais de desaceleração da economia americana e uma leve queda na inflação, que se aproxima da meta de 2%, se tornam cada vez mais evidentes.
Agora, a taxa está na faixa de 4,75% a 5%, saindo do maior nível em mais de 20 anos. Essa mudança na política monetária é significativa e deve ter efeitos positivos em diversos mercados, especialmente nas criptomoedas.
Para o Brasil, essa decisão pode aliviar a pressão sobre a moeda e abrir espaço para os cortes nas taxas de juros locais. Isso, por sua vez, pode favorecer tanto o crédito quanto os investimentos no país. André Sprone, que trabalha na MEXC, comentou que essa mudança tende a atrair mais capital estrangeiro para o Brasil, beneficiando a moeda local e impulsionando a bolsa de valores.
Uma declaração de Sprone destaca que “com a menor atratividade dos títulos americanos, que agora pagam menos, isso deve facilitar a entrada de investidores no Brasil, o que pode fortalecer a bolsa e também ajudar a controlar a pressão inflacionária e cambial.”
Redução de Juros Impacta Criptomoedas no Brasil
Esse ajuste nas taxas de juros dos EUA também mexe com o mercado de criptomoedas, incluindo o Bitcoin (BTC). Apesar de uma leve queda após o anúncio do FED, há uma expectativa de que a criptomoeda possa se valorizar novamente.
Sprone observa que um fluxo significativo de capital pode entrar no mercado cripto, indicando que investidores institucionais estão buscando retornos maiores. Ele ressalta que, além de ser uma reserva de valor, o BTC também atua como proteção contra a inflação.
“Esse corte é uma confirmação de que o Fed quer estimular a economia. E essa injeção de liquidez geralmente traz um impacto positivo para as criptomoedas”, explicou.
Apetite Institucional por Criptomoedas no País
O mercado cripto está vendo um aumento na adesão por parte de investidores institucionais. Roshan Robert, CEO da OKX US, afirma que existem mais de US$ 7 trilhões disponíveis para serem investidos em diferentes ativos.
Isso sinaliza que, além de ações no mercado tradicional, criptomoedas como o Bitcoin podem aproveitar esse apetite em crescimento. “Os US$ 7,5 trilhões parados nos mercados monetários representam um capital significativo à espera de um novo destino. À medida que os rendimentos tradicionais diminuem, esse capital começará a migrar. As criptomoedas estão se tornando alternativas viáveis para os portfólios institucionais”, comentou Robert.
Em resumo, a redução das taxas de juros nos EUA não só impacta a economia americana como também traz reflexos diretos no Brasil e em mercados como o de criptomoedas, mostrando um cenário promissor para novos investimentos e oportunidades.
