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Cofundador do Nubank apresenta stablecoin vinculada ao Real

A Crown chegou ao Brasil e já está chamando a atenção com a BRLV, uma stablecoin atrelada ao real e totalmente lastreada em títulos do Tesouro Nacional. Essa novidade promete transformar a forma como interagimos com o real digital, oferecendo uma alternativa que é segura, programável e rentável.

Com mais de R$ 200 milhões já subscritos, a Crown está começando suas operações com uma base sólida. Essa entrada no Brasil vem após uma rodada seed que arrecadou US$ 8,1 milhões, atraindo pesos pesados do setor cripto e financeiro, como Coinbase Ventures e o próprio Ed Wible, cofundador do Nubank, que agora faz parte do conselho da fintech.

Os fundos arrecadados vão ser usados para expandir a linha de produtos, trazer profissionais talentosos para o time e assegurar a Crown como referência em stablecoins ligadas ao real. Em uma declaração, John Delaney, o CEO e cofundador da Crown, explicou que a BRLV foi criada para resolver um desafio enfrentado no mercado financeiro do Brasil. Ele destacou que, apesar do real ser uma moeda atraente, há barreiras para que instituições estrangeiras aproveitem seus rendimentos. A BRLV oferece uma infraestrutura regulada que promove liquidez e rendimento sem comprometer a segurança.

O que é a BRLV?

A BRLV funciona de maneira semelhante a outras stablecoins que estão atreladas ao dólar, como a USDC e a USDT, que são muito utilizadas para transações rápidas e câmbios digitais. O que diferencia a BRLV é seu lastro, já que ela utiliza apenas títulos do governo brasileiro (LFTs) como garantia. Esses títulos oferecem baixo risco e alta liquidez, garantindo estabilidade e segurança.

Outra característica inovadora da BRLV é que ela permite que detentores da moeda tenham um direito legal sobre as reservas que a sustentam. Isso significa que quem tiver a BRLV pode receber uma parte dos rendimentos das aplicações em títulos públicos. Essa abordagem faz da BRLV uma stablecoin que paga juros, algo inédito no Brasil, e que pode impactar o mercado cripto em toda a América Latina.

O time por trás da Crown tem um mix de experiências que chama a atenção. John Delaney já está no setor desde 2013 e trouxe sua expertise de fintechs e do escritório Cleary Gottlieb. Vinicius Correa foi um dos primeiros devs do Nubank e cofundou a Pipo Saúde. Outros nomes, como Alex Gorra e Bruno Passos, também agregam valor à equipe, trazendo conhecimento de grandes instituições financeiras.

Confiança dos investidores

A confiança dos investidores é palpável, e muitos acreditam que a Crown pode se tornar a “Circle do Brasil”. Vance Spencer, cofundador da Framework Ventures, destacou que a Crown oferece uma infra estrutura eficiente para que fintechs e investidores tenham acesso mais fácil às taxas de juros brasileiras.

Bruno Batavia, do Valor Capital Group, acrescentou que a empresa está moldando uma nova engenharia financeira para mercados emergentes. Para ele, a combinação de solidez regulatória e inovação faz da BRLV uma ferramenta essencial para ampliar o acesso global ao real e fortalecer o ecossistema digital brasileiro.

A Crown garante que seu protocolo segue as diretrizes do Banco Central para provedores de serviços de ativos virtuais, o que pode aumentar ainda mais a confiança dos usuários e investidores.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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