Notícias

Mercado cripto poderá criar 1,2 milhão de empregos

O mercado de criptomoedas na Indonésia está se expandindo rapidamente, trazendo consigo a promessa de um impacto econômico significativo. De acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Social da Universidade da Indonésia, o setor pode adicionar cerca de US$ 16,5 bilhões à economia nacional e gerar até 1,22 milhão de empregos.

Esse crescimento no setor cripto pode aumentar o PIB do país entre 0,86% e 1,18%, desde que os lucros obtidos com as transações sejam reinvestidos em áreas produtivas. A pesquisadora Prani Sastiono enfatizou que o verdadeiro impacto será sentido quando esses ganhos forem aplicados de forma eficaz dentro do próprio país.

Mercado cripto impulsiona vagas de emprego

Em 2024, as operações relacionadas ao universo cripto já injetaram US$ 4,4 bilhões na economia indonésia, o que representa 0,32% do PIB e resultou na criação de mais de 333 mil empregos. Com uma regulamentação mais clara e melhorias na supervisão, as expectativas são de que esses números cresçam ainda mais.

O estudo sugere cinco ações de políticas públicas para maximizar esse potencial. Um ponto importante é a necessidade de aumentar a fiscalização sobre empresas que operam de forma ilegal. Além disso, é fundamental promover a educação digital e melhorar a proteção dos dados dos usuários.

Outras sugestões incluem diversificar os produtos cripto, integrando stablecoins e tokenizando projetos locais. Também é necessário revisar a tributação sobre criptomoedas, de modo a garantir que as empresas permaneçam competitivas e que o governo consiga arrecadar recursos suficientes. Por fim, as diretrizes relacionadas à publicidade precisam ser atualizadas para permitir que plataformas licenciadas divulguem seus serviços de maneira responsável.

Com a crescente adoção de criptomoedas na Indonésia, os reguladores estão se esforçando para ajustar as regras, equilibrando inovação e proteção ao consumidor.

‘Cripto é, por natureza, sem fronteiras’

Dino Milano Siregar, responsável pelo Departamento de Inovação Financeira Digital da Autoridade de Serviços Financeiros da Indonésia, destacou que a supervisão deve ser uma atividade colaborativa, que ultrapassa fronteiras. “A supervisão não pode acontecer isoladamente. Precisa de coordenação entre instituições locais e globais”, afirmou em um evento realizado recentemente.

No país, a OJK está colaborando com outras entidades, como a Força-Tarefa de Erradicação de Atividades Financeiras Ilegais e o Centro Antifraude da Indonésia, para combater fraudes e operações de trading ilegais. Eles também trabalham com o Banco da Indonésia e instituições internacionais, reforçando a supervisão em um cenário global.

MEXC investe na exchange Triv

Em outro movimento que destaca o potencial do mercado cripto indonésio, a MEXC Ventures investiu na exchange Triv, que está avaliada em cerca de US$ 200 milhões. Esse investimento ocorreu logo após a implementação de novas regras tributárias para o setor, que agora exigem uma taxa de 0,21% em transações realizadas em exchanges locais, o dobro do que era cobrado anteriormente.

Para operações realizadas em plataformas estrangeiras, a taxa sobre o vendedor aumentou de 0,2% para 1%. Embora o IVA sobre compras tenha sido removido, os mineradores agora são obrigados a pagar 2,2% de IVA e, até 2026, deverão arcar com alíquotas padrão de imposto de renda. Ao mesmo tempo, o governo está considerando utilizar o Bitcoin como um ativo de reserva nacional. A equipe da Bitcoin Indonésia teve a oportunidade de apresentar essa proposta a autoridades do gabinete do vice-presidente, destacando sua importância na estratégia econômica do país.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo