Metanol: a solução do blockchain para problemas nas bebidas
O Brasil está passando por um momento delicado em relação à segurança alimentar, principalmente por conta do uso de metanol em bebidas adulteradas. Esse tipo de álcool, que é comum na indústria química e usado como combustível, pode causar sérios problemas de saúde quando ingerido. Entre os riscos, temos desde a perda de visão até a morte, já que o corpo metaboliza o metanol em substâncias tóxicas.
Para enfrentar essa crise, a tecnologia blockchain pode ser uma aliada poderosa. Além do uso em criptomoedas, essa tecnologia oferece uma maneira eficaz de rastrear a produção e comercialização de bebidas alcoólicas, garantindo maior transparência e confiabilidade. Com dados que não podem ser alterados, podemos ter um controle melhor sobre toda a cadeia produtiva, desde a fabricação até a venda.
Marina Fuzeti Fagali, da Chiliz, destaca que a adoção da blockchain pode ainda trazer mais segurança, especialmente para setores como o de apostas. Com isso, a tecnologia poderia criar um ambiente mais seguro para os consumidores, assegurando a origem e a qualidade dos produtos.
Crise do Metanol no Brasil e Blockchain
Atualmente, o Ministério da Saúde já registrou 148 notificações de intoxicação por metanol, com 41 casos confirmados. Os sintomas da intoxicação podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão, e incluem náuseas, vômitos, dor abdominal e problemas visuais. Para lidar com essa situação, o senador Nelsinho Trad propôs o uso de blockchain como uma forma de rastrear a produção de destilados no Brasil.
Ele está buscando criar uma audiência pública para discutir esse assunto, e a ideia é que a legislação possa facilitar a adoção dessa tecnologia na indústria de bebidas. Fuzeti Fagali vê essas iniciativas como um passo positivo, ressaltando a importância de uma regulação que favoreça a inovação e a proteção ao consumidor.
Implementar a blockchain pode ser um divisor de águas para garantir que as bebidas consumidas sejam realmente seguras, não apenas para o mercado, mas também para a saúde da população. Com a introdução dessas novas camadas de segurança, o Brasil pode dar um salto em direção a um futuro mais transparente e confiável no setor.