O Bitcoin deu um impulso significativo no mercado e alcançou novamente a marca de US$ 112 mil neste fim de semana, recuperando quase metade das perdas que ocorreram durante o crash de outubro. Neste momento, a criptomoeda é negociada a US$ 113.724, mostrando um retorno promissor no ritmo de recuperação que começou há alguns dias.
Para se ter ideia, no dia 10 de outubro, o Bitcoin chegou a cair para US$ 103 mil após uma queda de US$ 19 bilhões no mercado cripto. A alta atual revela uma confiança crescente entre os investidores, refletindo em grande parte a expectativa de que o Federal Reserve dos EUA anuncie um afrouxamento monetário em breve.
Expectativa de corte de juros pelo Fed impulsiona ativos de risco
A alta do Bitcoin está alinhada com o aumento dos rumores sobre um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros do Federal Reserve, que pode ser anunciado em 29 de outubro. Os recentes dados de inflação, divulgados pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, mostraram que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e o núcleo do CPI estão em 3%, abaixo da expectativa de 3,1%. Essa desaceleração na inflação levanta a possibilidade de cortes nas taxas de juros já neste mês.
De acordo com o CME FedWatch Tool, as chances de cortes aumentaram para 98,3%, quase uma certeza para o mercado. A Kobeissi Letter, um boletim financeiro norte-americano, observou que o cenário atual “abre espaço para ativos de risco voltarem a subir”. Historicamente, quando as taxas de juros caem, o crédito fica mais barato e os investidores tendem a buscar opções de maior risco, o que geralmente beneficia o mercado de criptomoedas.
ETH e altcoins acompanham a recuperação do Bitcoin
Enquanto o Bitcoin registrou uma alta de 1,9% nas últimas 24 horas, o Ethereum (ETH) teve um crescimento ainda mais expressivo, avançando 3,6%. Outras criptomoedas, como Solana e Cardano, também mostraram bons desempenhos, subindo 3,46% e 3,45%, respectivamente.
No acumulado da última semana, o Bitcoin se destaca, com um crescimento de 4,97%, bem superior aos 2,37% do Ethereum. O XRP, por sua vez, também chamou a atenção com uma valorização de 9,27% na semana, impulsionada por boas notícias sobre regulamentação da Ripple. Esse movimento reflete um sentimento de diversificação, onde os investidores começam a olhar mais para as altcoins, mas ainda consideram o Bitcoin como referência em tempos de incerteza.
Mercado volta a exibir otimismo moderado
Nas redes sociais, o clima também mudou. Analistas e traders notaram que o Bitcoin superando os US$ 113 mil é um sinal de que há força compradora no mercado, o que pode indicar novas altas em breve. Um investidor conhecido como Borovik comentou que essa quebra de resistência sugere que novas máximas históricas estão por vir.
Outro trader, Marzell, destacou que, enquanto o preço se mantiver acima desse patamar, o cenário permanece otimista, projetando US$ 117 mil como próximo alvo. Além disso, dados on-chain mostram que as reservas de Bitcoin nas corretoras caíram para 2,4 milhões de unidades, o menor número em meses. Isso sugere que a oferta está diminuindo, o que, segundo observadores, geralmente leva a um aumento no preço.
O Índice de Medo e Ganância do Bitcoin também subiu de 29 para 40 em apenas uma semana, indicando que o medo pós-crash está dando lugar a uma postura mais neutra e até otimista entre os investidores.
Olhando adiante: o que esperar do valor do BTC
Para as próximas semanas, o comportamento do Bitcoin deve depender do que acontecer na reunião do Fed e como os mercados reagirão a um possível corte de juros. Se o corte for confirmado, é bem provável que o Bitcoin teste novamente a faixa entre US$ 117 mil e US$ 120 mil. Por outro lado, se o Fed decidir manter os juros inalterados, poderemos ver uma realização de lucros, limitando a recuperação.
Embora o volume de negociação ainda esteja abaixo da média de setembro, sugerindo cautela entre investidores importantes, a diminuição das reservas nas exchanges e a melhora no sentimento do mercado mostram que estamos saindo de tempos de medo.
