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Impacto da paralisação do governo dos EUA na liquidez do Bitcoin

O cenário das criptomoedas, especialmente o Bitcoin, tem passado por momentos intensos. Recentemente, a situação se agravou com a paralisação do governo dos EUA, que acabou influenciando o mercado de forma significativa. Essa interrupção, que já dura um tempo, fez com que o capital fluísse para longe de ativos como criptomoedas, e os analistas estão de olho nesse movimento.

A conta do Tesouro Geral dos EUA disparou, ultrapassando a marca de US$ 1 trilhão. Essa situação drenou cerca de US$ 700 bilhões do mercado financeiro. Com isso, o Bitcoin, que estava em um valor próximo a US$ 102.600, enfrentou uma queda de 3,3% nas últimas 24 horas. Nos últimos quinzena e mês, a maior criptomoeda do mundo já registrou uma desvalorização superior a 18% desde seu pico histórico no começo de outubro.

Quando há uma paralisação do governo, as agências federais vão diminuindo os gastos. Por outro lado, a conta do Tesouro continua a operar normalmente, o que significa que o dinheiro permanece fora do sistema financeiro, dando margem a uma crise de liquidez. Isso acontece porque o capital que deveria estar circulando por bancos e outros investimentos agora não está disponível.

A ferramenta chamada Standard Repo Facility (SRF) é utilizada pelo banco central americano, o Fed, para supervisionar o financiamento de curto prazo e manter os mercados monetários estáveis. Entretanto, quando o uso do SRF sobe, é um sinal de que há falta de liquidez nas instituições financeiras.

Os analistas da BitMEX, por sua vez, permanecem esperançosos de que essa paralisação chegue ao fim em breve. Eles destacam que é quase certo que a interrupção vai igualar o recorde de 35 dias, que foi a mais longa já registrada. Assim que isso acontecer, eles acreditam que bilhões de dólares serão injetados de volta nos mercados.

Essa recuperação de liquidez tem potencial para trazer uma onda de otimismo, impulsionando uma recuperação do preço do Bitcoin, especialmente no que se refere à força histórica da criptomoeda no final do ano. Apesar de algumas incertezas, os analistas continuam acreditando que o ciclo atual do Bitcoin ainda não se completou.

Nos últimos meses, muitos especialistas têm afirmado que o ciclo de alta pode estar seguindo para seu final. Com a expectativa de novos recordes em 2024, especialmente com a possibilidade de aprovação dos ETFs de Bitcoin e o evento do halving, o cenário se mostra intrigante. Historicamente, após um halving, o Bitcoin tende a atingir novos máximos, mas frequentemente experimenta quedas de 70% a 80% no ano seguinte.

Segundo os analistas, o que estamos testemunhando agora é uma combinação de fatores que se alinham, criando uma “tempestade perfeita” entre o ciclo de quatro anos do Bitcoin e uma crise maior de liquidez no mercado. Já é possível observar sinais de que o mercado estava esfriando, com investidores de longo prazo realizando lucros nos últimos meses.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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