Nove suspeitos são presos por golpe de R$ 3,7 bilhões em criptomoedas
A Eurojust, a agência que cuida da cooperação judiciária na Europa, anunciou nesta terça-feira (4) a prisão de nove pessoas envolvidas em um grande esquema de lavagem de dinheiro. No total, os golpistas estão ligados a cerca de R$ 3,7 bilhões, ou seja, 300 milhões de euros, que foram roubados através de fraudes.
Essas pessoas criaram várias plataformas de criptomoedas que pareciam legítimas, atraindo vítimas com promessas de retornos altos em investimentos. O problema é que, uma vez que as vítimas faziam suas transferências, não conseguiam mais sacar o que colocaram.
Coincidentemente, no mesmo dia, a China condenou cinco indivíduos à pena de morte por crimes semelhantes, o que demonstra a gravidade desse tipo de delito em várias partes do mundo.
Operação da Eurojust contra golpistas de criptomoedas em vários países
A ação da Eurojust uniu forças de autoridades de países como Alemanha, Bélgica, Chipre, Espanha e França. Entre os dias 27 e 29 de outubro, a operação resultou na prisão de nove suspeitos em suas casas nessas três nações. Esse esforço conjunto culminou em grandes apreensões, incluindo 800 mil euros (cerca de R$ 4,9 milhões) em contas bancárias, R$ 2,5 milhões em criptomoedas e 300 mil euros (R$ 1,8 milhão) em dinheiro vivo.
Os presos são acusados de gerenciar múltiplas plataformas fraudulentas que ofereciam lucros fáceis. Para enganar as vítimas, eles utilizavam anúncios em redes sociais, realizavam chamadas diretas e até montavam artigos falsos, que incluíam depoimentos inventados de celebridades ou investidores conhecidos.
Infelizmente, assim que as vítimas enviavam suas criptomoedas, percebiam que não poderiam recuperar seus fundos. Segundo a Eurojust, “os criptoativos obtidos por meio dos golpes eram, então, lavados utilizando tecnologia blockchain,” um processo que complicava ainda mais a rastreabilidade do dinheiro.
As autoridades informaram que o total de dinheiro lavado pelos criminosos pode chegar a 600 milhões de euros, ou R$ 3,7 bilhões.
Recentemente, um outro golpe também foi desmantelado pela Europol, em que um grupo operava com mais de 40 mil cartões SIM para aplicar fraudes em vítimas ao redor do mundo, resultando na apreensão de R$ 1,8 milhão em criptomoedas. Esses casos mostram o quão vigilantes as autoridades têm sido no combate a fraudes financeiras que envolvem não apenas criptomoedas, mas também métodos mais tradicionais.





