Bitcoin pode se recuperar e fechar o ano em alta?
O Bitcoin começou a sexta-feira (7) em queda, abrindo a US$ 100.897, após ter alcançado uma marca de US$ 103 mil na véspera. Para quem acompanha o mercado, esse valor se traduz em aproximadamente R$ 541.287. Desde a última liquidação, a moeda digital está em uma tendência lateral, e muitos se perguntam se o Bitcoin vai conseguir enfrentar os desafios que vem tendo e fechar o ano com resultados positivos.
Mesmo com a volatilidade e a pressão do mercado, alguns especialistas continuam a acreditar que o Bitcoin pode ter um bom desempenho no quarto trimestre. É claro que essa expectativa depende de algumas condições específicas. Para que isso aconteça, a criptomoeda precisa subir pelo menos 10% e alcançar os US$ 114.000. Assim, conseguiria fechar o trimestre em alta.
Recentemente, o Bitcoin viu uma queda de cerca de 20% em relação ao seu pico histórico de US$ 126.080, que aconteceu em outubro. Este período foi marcado por um crash significativo que causou US$ 19 bilhões em liquidações no mercado. Além disso, outubro trouxe um sentimento geral de aversão ao risco, resultando em uma queda de 15% para a criptomoeda no último mês. As ações também não foram poupadas, com o índice Nasdaq, que foca em tecnologia, caindo aproximadamente 3,4% na mesma semana.
O que explica a queda do Bitcoin
A situação atual do Bitcoin não pode ser dissociada das incertezas macroeconômicas e geopolíticas que estamos vivenciando. De acordo com Daniel Liu, CEO da Republic Technologies, a guerra comercial entre Estados Unidos e China pode impactar mais os ativos de risco, como as criptomoedas, do que se imagina. Ele também menciona a possibilidade de uma paralisação do governo dos EUA, que só aumenta a incerteza no mercado.
Adam Chu, pesquisador-chefe da GreeksLive, fala sobre como essa cautela se reflete na liquidez reduzida, onde tanto compradores quanto vendedores parecem estar em uma espécie de espera. Ele acredita que o mercado vai continuar oscilando em uma faixa de preços sem grandes movimentos. Chu ainda alerta sobre riscos sistêmicos, dizendo que “inadimplências institucionais ocultas podem ocorrer a qualquer momento” e que as recentes falências em setores de finanças descentralizadas e stablecoins podem indicar uma crise se aproximando.
Por outro lado, ainda há esperanças de um final de ano positivo para o Bitcoin, caso haja uma mudança no cenário econômico. Ryan Lee, analista-chefe da Bitget, ressalta que se a inflação se mantiver contida e a liquidez aumentar, é possível que o Bitcoin chegue a boas marcas no quarto trimestre. Entre os fatores que podem contribuir para isso estão possíveis cortes de juros pelo Fed (Banco Central dos EUA) e um dólar mais fraco, o que poderia elevar o apetite por riscos no mercado. Lee também observa que o aumento na acumulação por investidores de longo prazo e o crescimento em fluxos de ETFs podem sinalizar uma renovação da confiança no Bitcoin.





