Notícias

Willy Woo explica como o Bitcoin pode enfrentar a ameaça quântica

Willy Woo, um dos analistas mais respeitados no universo das criptomoedas, compartilhou recentemente em sua conta no X uma preocupação que tem gerado um burburinho na comunidade do Bitcoin: a ameaça quântica. Com a expectativa de que os computadores quânticos, que podem romper as chaves criptográficas como conhecemos, cheguem em um futuro não muito distante, a corrida por soluções de segurança já começou. Muitas comunidades estão se mobilizando para proteger bilhões de dólares.

De acordo com Woo, a melhor forma de o ecossistema do Bitcoin se preparar para esses desafios é migrar para carteiras conhecidas como wallets HD (ou “Carteiras Determinísticas Hierárquicas”). Esse tipo de carteira gera um número ilimitado de endereços a partir de uma única frase-semente, permitindo que os usuários não precisem gerenciar cada um deles separadamente.

A proposta de Woo é clara: para proteger Bitcoin contra a ameaça quântica, é fundamental que as carteiras estão disponíveis no mercado passem por uma atualização, adotando as wallets HD com novas políticas de transações. Isso não apenas traria mais segurança, mas também tornaria a gestão das transações muito mais eficiente, especialmente considerando a vulnerabilidade da criptografia tradicional diante de computadores quânticos.

Ele explica que a adaptação para esse modelo pode ocorrer rapidamente e sem a necessidade de grandes mudanças nos protocolos já existentes. Além disso, essa mudança seria econômica em relação ao espaço ocupado na blockchain.

Ameaça quântica está próxima?

Woo projeta que os ataques quânticos mais robustos, referidos como “Q-Day”, podem se concretizar em um intervalo de 5 a 10 anos. As carteiras HD, com as adaptações necessárias, estariam preparadas para enfrentar essa nova fase. E mais, os ataques de curto alcance apresentariam uma janela de 9 a 18 anos para se tornarem viáveis, isso dá um tempo valioso para que o protocolo do Bitcoin possa ser aprimorado completamente.

Um ponto importante que ele ressalta é que as carteiras HD geram múltiplos endereços a partir de uma única frase-semente. Isso ajuda a resguardar as chaves privadas contra a ameaça quântica, uma vez que evita a exposição pública das chaves. Uma dica cautelosa que ele compartilha é para nunca tornar público o “xpub”, que é a informação utilizada para derivar todos os endereços da carteira.

Essas medidas são fundamentais à medida que nos aproximamos de um futuro onde a segurança digital precisará ser mais robusta do que nunca.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo