O ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, conhecido como IBIT, teve um mês bastante turbulento. Ele enfrentou saídas recordes de US$ 1,26 bilhão, o que aconteceu em meio a uma queda significativa no preço do Bitcoin. Essa situação levou muitos investidores a buscarem opções de proteção, aumentando o custo das opções de venda.
Para ilustrar, no dia 14 de novembro, o IBIT viu uma saída de US$ 463 milhões em apenas um único dia. Na segunda-feira seguinte, a BlackRock perdeu mais de US$ 145 milhões em Bitcoin, segundo dados do Tradingview. Essas movimentações marcaram o maior volume de retiradas desde que o fundo foi lançado, em janeiro de 2024. No total, os resgates já somam US$ 2,59 bilhões entre os 11 ETFs de Bitcoin à vista que estão disponíveis nos Estados Unidos.
A situação do IBIT não é tão boa, já que o preço de suas ações caiu 16%, alcançando US$ 52, um valor que não era visto desde abril. Com a queda dos preços, os investidores começaram a buscar ativamente opções de venda, chamadas de puts, como uma forma de se proteger contra novas desvalorizações. Dados mostram que o custo dessas opções, em comparação com as opções de compra, atingiu o maior nível em sete meses. Isso significa que as opções de venda estão mais caras que as de compra, apontando uma maior preocupação com possíveis quedas no mercado.
Nicolai Sondergaard, um analista de pesquisa da Nansen, comentou que a dinâmica por trás dessas saídas é bastante simples. Nos momentos de queda de mercado, é natural que os ETFs tenham saídas de capital. Afinal, muitos preferem retirar seu dinheiro do mercado que está instável.
Situações como essa mostram o quanto é importante estar atento às movimentações do mercado, especialmente em um ambiente que, como o de criptomoedas, pode ser bastante volátil.
