Otimismo no mercado financeiro, taxas de juros em alta e uma nova onda de confiança: esses são os ingredientes que mantiveram o Bitcoin (BTC) na confortável faixa de US$ 93.400, com um leve aumento de 0,4% nesta quinta-feira. O volume total de negociações chegou a US$ 74 bilhões, mostrando que a força compradora ainda está firme e forte.
Quando olhamos para o Top 10 das criptomoedas, notamos um quadro misto. A estrela do dia foi o Ethereum (ETH), com uma valorização de 4,5%, agora rondando os US$ 3.200. O BNB também se destacou com uma alta de 1,7%, enquanto a Tron acompanhou o crescimento do Bitcoin. Por outro lado, a XRP enfrentou uma leve queda de 0,8%. No universo do Top 100, a TAO e a ZEC brilharam com altas de 8,6% e 7,7%, respectivamente.
Esse cenário otimista é resultado de notícias regulatórias favoráveis e a expectativa de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve na próxima semana. A ferramenta FedWatch indica que 87% dos analistas acreditam que a taxa será reduzida na reunião de 10 de dezembro.
Além disso, a decisão da Vanguard de permitir a negociação de ETFs de criptomoedas trouxe um sopro de demanda ao mercado. Essa nova movimentação deve ajudar a manter os preços em alta, com o Bitcoin acumulando um ganho de 3,26% em dezembro até agora.
Outro ponto interessante é que as liquidações nos mercados de derivativos caíram. Segundo a plataforma Coinglass, hoje foram registrados apenas US$ 308 milhões em liquidações, com o Bitcoin representando cerca de US$ 128 milhões. A maioria dos traders que sofreram perdas foram aqueles que apostaram contra o mercado, totalizando US$ 203 milhões em prejuízo.
Corte de juros e liquidez nos EUA
As expectativas crescentes em relação a um corte nas taxas de juros pelo Fed impulsionaram ainda mais os ativos de risco, como o Bitcoin. O ambiente de liquidez melhorou consideravelmente desde que o Fed encerrou seu programa de aperto quantitativo no dia 1° de dezembro.
Com a volta do banco central dos EUA às operações de recompra em larga escala, injetando novos recursos no sistema financeiro, o Bitcoin registrou uma valorização rápida. Em poucos dias, ele chegou a quase 10% de alta após a injeção de liquidez.
Esses fatores renovaram o otimismo do mercado. O Índice de Prêmio da Coinbase voltou a mostrar resultados positivos, após ter despencado em novembro, quando o Bitcoin foi para menos de US$ 85.000.
Esse índice é importante porque, quando está negativo, indica que investidores institucionais estão cautelosos e relutantes em comprar ativos de risco. Um cenário de prêmio positivo, por outro lado, reflete um maior apetite por risco, o que é ótimo para as criptos.
Como explica Guilherme Prado, gerente da Bitget, esse crescimento é fruto direto de uma pressão de venda que se esgotou após o Bitcoin ter caído para US$ 81.000. O Índice de Força Relativa (RSI) ficou em níveis historicamente baixos, e a falta de novos vendedores levou os traders a fechar suas posições, impulsionando o preço de volta para cima, além de US$ 90 mil.
O cenário atual, com todas essas movimentações e expectativas positivas, traz uma nova fôlego ao mercado de criptomoedas.
