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Circle pede criação de banco fiduciário no Brasil

A emissora da stablecoin Circle está buscando a criação de um banco fiduciário nacional nos Estados Unidos. A ideia é que esse banco não apenas supervisione a reserva de USDC, a moeda digital da empresa, mas também funcione como uma instituição fiduciária regulamentada. Se a aprovação ocorrer, será um passo significativo para a operação da Circle como instituição financeira nos EUA.

O First National Digital Currency Bank da Circle, se autorizado pelo Escritório de Controle da Moeda (OCC), poderá operar em nível federal. Essa autorização visa fortalecer a infraestrutura que apoia a emissão e circulação do USDC e também proporcionar serviços de custódia de ativos digitais para clientes institucionais. Isso significa que, com um banco regulamentado, a Circle pretende oferecer mais segurança e confiança a seus usuários.

Vale lembrar que bancos fiduciários não aceitam depósitos em dinheiro nem fazem empréstimos. No entanto, eles têm permissão para oferecer serviços de custódia e atuar em todo o país sob a supervisão do OCC. Assim, a Circle teria mais liberdade para operar, sem precisar se preocupar com licenças estaduais específicas para cada estado.

Conformidade com o GENIUS Act

A busca por essa autorização também está alinhada com o projeto GENIUS Act, que já foi aprovado pelo Senado dos EUA e segue para a Câmara dos Representantes. A aprovação desse projeto pode trazer novas regras para a emissão e operação de stablecoins, e a Circle quer estar pronta para atender a essas novas exigências.

O CEO da Circle, Jeremy Allaire, mencionou que a empresa está agindo proativamente para fortalecer sua infraestrutura. O foco é se alinhar com as nova regulamentações que estão surgindo nos Estados Unidos a respeito das moedas digitais.

Além disso, o processo para a criação de um banco fiduciário nacional envolve um período de comentários de 30 dias. Após isso, o regulador costuma decidir dentro de 120 dias se aprova ou não o pedido.

Outras empresas cripto também miram autorizações bancárias

A Circle não está sozinha nessa busca. Outras empresas de criptomoedas também querem abrir seus próprios bancos fiduciários sob a supervisão do OCC. Uma dessas empresas é a divisão de moedas digitais da Fidelity, que também está em processo de solicitar uma licença para operar como banco nacional.

A Circle já考虑a essa possibilidade desde 2022 e foi citada em reportagens como uma das várias plataformas que avaliam essa autorização. Em janeiro de 2021, a Anchorage Trust Company se tornou a primeira empresa no setor de criptomoedas a receber uma licença do OCC e agora opera como Anchorage Digital Bank.

Ações da Circle seguem estáveis

No mercado, as ações da Circle Internet Group se mantiveram estáveis na última sessão, com um leve aumento de 0,48%, chegando a US$ 181. No pós-mercado, houve uma pequena queda de 1,30%, com os papéis passando para US$ 178.

Após abrir capital, a estreia das ações da Circle na Bolsa de Valores de Nova York foi marcante, com um salto de 167% no primeiro dia de negociações. É um sinal do potencial que os investidores veem na empresa e na evolução do mercado de criptomoedas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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