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Alta dos ETFs e tensão política nos EUA

O preço do Bitcoin (BTC), nesta manhã de 3 de julho de 2025, está em R$ 597.872,25. A criptomoeda subiu mais de 2% e chegou a ser negociada acima de US$ 110 mil. Embora tenha recuado um pouco para US$ 109 mil, muitos investidores ainda acreditam que ela pode romper a marca histórica de US$ 112 mil.

Bitcoin: Uma Olhada na Macroeconomia

André Franco, CEO da Boost Research, comenta que os mercados asiáticos estão avançando levemente enquanto todos aguardam ansiosamente o relatório de empregos dos Estados Unidos. A variação do dólar, que continua fraca e próximo das mínimas de três anos, reflete incertezas sobre a política fiscal e possíveis cortes pelo Fed.

Enquanto isso, o euro se valorizou e a libra teve um bom desempenho com notícias favoráveis do Reino Unido. O Bitcoin, por sua vez, se manteve em torno de US$ 109 mil, beneficiado pelo grande fluxo de capital e por um clima de alta liquidez. Todo mundo está de olho no relatório de emprego americano, pois ele pode influenciar os próximos passos do mercado.

“A expectativa a curto prazo é positiva ou neutra. A força do dólar, bem como a possibilidade de cortes nas taxas de juros, trazem um apetite maior por ativos alternativos, beneficiando o Bitcoin”, revelou Franco.

Uma grande movimentação ocorreu também entre Estados Unidos e China, que chegaram a um acordo para facilitar a exportação de semicondutores em troca de acesso a minerais raros. Isso foi visto como um passo importante para a redução das tensões comerciais, e os mercados reagiram positivamente, com o índice Nasdaq subindo 1%.

“Esse desanuviamento nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo é um grande alicerce para o crescimento global”, disse Valentin Fournier, analista da BRN. A onda de otimismo também se espalhou para o mercado de criptomoedas.

Além disso, a adoção institucional avança. A empresa chinesa Addentax anunciou um acordo de US$ 1,3 bilhão para adquirir 12 mil BTC, entrando na lista crescente de empresas públicas com Bitcoin em tesouraria. E ainda teve o lançamento do primeiro ETF de staking de Solana, o que representa um avanço significativo para a exposição do investidor institucional ao blockchain.

Os ETFs de criptomoedas mostram uma força renovada nas entradas de capital:

  • Bitcoin ETFs: Entradas de US$ 408 milhões, revertendo as quedas da terça-feira.
  • Ethereum ETFs: Uma pequena saída de US$ 2 milhões, após entradas consistentemente altas.
  • ETF de Solana: US$ 12 milhões movimentados no primeiro dia, um número expressivo para um mercado ainda pequeno.

Esses movimentos causaram um impacto imediato nas cotações:

  • Capitalização de mercado global: alta de 3%, chegando a US$ 3,38 trilhões.
  • Bitcoin (BTC): +2,4%, negociado a US$ 109.300.
  • Ethereum (ETH): +6%, a US$ 2.593.
  • Solana (SOL): +4%, a US$ 155.

Com um ambiente mais favorável, a BRN decidiu alterar sua carteira, aumentando a exposição a altcoins que podem valorizar neste momento. Fournier afirma que a nova composição da carteira inclui 72% em BTC, 10% em ETH, 8% em SOL e 10% em caixa, para lidar com possíveis correções no mercado.

Se o relatório de empregos dos EUA vier mais fraco que o esperado, isso poderá elevar as expectativas de cortes de juros, criando o “cenário ideal” para a próxima onda de alta no mercado cripto.

Análise Técnica do Bitcoin

Mike Ermolaev, da Outset PR, sinaliza que a movimentação do Bitcoin em direção aos US$ 110 mil criou um ambiente propício para ganhos ainda maiores em outras altcoins, como o Ethereum, que subiu 6%. A Dogecoin e a Cardano aumentaram mais de 7%.

O sentimento do mercado deu um salto, alcançando 73, o que é um sinal positivo para o Bitcoin. “A máxima histórica de cerca de US$ 112 mil pode ser testada ainda esta semana, principalmente se o apetite por risco continuar nos mercados globais. Importante lembrar, no entanto, que o relatório de empregos dos EUA pode ser um catalisador ou um obstáculo”, comentou.

Nic Puckrin, do The Coin Bureau, mencionou que um projeto importante foi aprovado no Senado, mas não trouxe uma alta imediata. Mesmo assim, o impacto a longo prazo parece otimista para o Bitcoin, especialmente por contas que o projeto deve aumentar a dívida dos EUA, o que pode desvalorizar o dólar.

A pressão para cortes de juros pelo Fed está aumentando. Embora Jerome Powell mantenha uma postura cautelosa, alguns membros já falam sobre a possibilidade de corte em julho. “Mais cedo ou mais tarde, Powell cederá a essa pressão — e juros mais baixos podem ser o golpe final no dólar. Quando a liquidez for liberada, um Bitcoin a US$ 107 mil parecerá uma pechincha”, observou Puckrin.

Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, destacou que os retornos do Bitcoin têm diminuído a cada ciclo. “Atualmente estamos a 952 dias desde a mínima de US$ 15.504 em novembro de 2022, com uma alta de 6,2x até agora. Em comparação, entre 2015 e 2017 foram 850 dias para uma valorização de 100x.“

Por fim, neste dia 03 de julho de 2025, o preço do Bitcoin se mantém em R$ 597.872,25. Com este valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC, e R$ 1 consegue comprar 0,0000017 BTC.

As criptomoedas que estão se destacando neste dia são Bonk (BONK), Fartcoin (FARTCOIN) e Virtual Protocols (VIRTUAL), com altas de 18%, 17% e 13%, respectivamente. Por outro lado, as que estão em baixa são Fasttoken (FTN), Bitcoin Cash (BCH) e WhiteBIT Coin (WBT), todas registrando uma leve queda de -0,1%.

Entendendo o Bitcoin

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que você pode usar e trocar eletronicamente. Ele opera numa rede descentralizada, ou seja, não tem controle de nenhuma pessoa ou instituição.

Diferente das moedas tradicionais, o Bitcoin não pode ser impresso, e sua quantidade é limitada a 21 milhões. Criado em 2009 por um programador ou grupo anônimo sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto, a identidade desse criador continua um mistério, mesmo com várias teorias surgindo a respeito.

Um dos principais atrativos do Bitcoin é sua independência em relação a governos, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações, que são armazenadas de forma transparente em um grande livro público chamado Blockchain.

Por ser descentralizado, o Bitcoin oferece aos usuários total controle sobre suas finanças, e cada transação é verificada por assinaturas digitais. Isso garante segurança e transparência. Cada bloco, que contém um conjunto de transações, leva cerca de 10 minutos para ser minerado.

Por fim, a informação é clara: embora o cenário seja promissor, os investidores devem sempre fazer sua pesquisa antes de tomar qualquer decisão financeira.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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