A Tether Holdings, responsável pela stablecoin USDT, acaba de dar um anúncio interessante: eles vão entrar no mundo da mineração de Bitcoin aqui no Brasil. Nessa empreitada, a empresa formou uma parceria com a Adecoagro, uma gigante do agronegócio que atua não só no Brasil, mas também na Argentina e no Uruguai. Para você ter uma ideia, a Tether possui 70% das ações da Adecoagro.
No comunicado, a Tether destacou que essa colaboração é um “projeto conjunto que une energia renovável e ativos digitais”. Em tempos em que a energia limpa está se tornando cada vez mais essencial, a mineração de Bitcoin se afirma como uma maneira de aproveitar o excesso de energia, ajudar a estabilizar a rede elétrica e impulsionar a economia digital.
Paolo Ardoino, o CEO da Tether, mencionou que essa estratégia vai beneficiar a infraestrutura energética e as redes descentralizadas. Ele também ressaltou que usar energia excedente para minerar Bitcoin pode promover a inclusão financeira e incentivar a eficiência energética em um modelo que busca unir tecnologia e sustentabilidade.
Mariano Bosch, cofundador e CEO da Adecoagro, comentou que essa iniciativa vai ajudar a estabilizar parte da energia que a Adecoagro já vende no mercado. Isso é interessante porque pode garantir preços fixos e, ao mesmo tempo, permitir que a empresa aproveite o potencial de valorização do Bitcoin. Ele expressou empolgação em encontrar novas formas de valorizar os ativos de energia renovável da empresa.
Por sua vez, Juan Sartori, que lidera as iniciativas comerciais da Tether e é presidente do Conselho da Adecoagro, reforçou que essa colaboração abre novas possibilidades para unir agricultura, energia e tecnologia. Ele acredita que essa união pode melhorar a eficiência e diversificar a estratégia energética de maneira responsável.
A Adecoagro já conta com mais de 230 MW de capacidade renovável na América do Sul e vê a mineração de Bitcoin como uma nova forma de gerar valor. O projeto será operado com o Mining OS da Tether, uma tecnologia que será disponibilizada em código aberto. Essa informação foi aprovada pelo Comitê Independente da Adecoagro, e ainda teremos mais atualizações sobre a iniciativa no futuro.
