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Visto dourado dos Emirados Árabes é desenvolvido pela Fundação TON

A fundação responsável pela The Open Network (TON) recentemente fez um esclarecimento sobre seu envolvimento em um programa que poderia permitir a residência legal nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Essa declaração surgiu após várias informações contraditórias que circularam no fim de semana.

Em um post publicado no blog, a Fundação TON destacou que está apenas nos “estágios iniciais de desenvolvimento” de um projeto junto a um parceiro licenciado. O objetivo é explorar a criação de um Visto Dourado para os EAU. Apesar das intenções, a fundação frisou que a gestão do programa cabe exclusivamente aos órgãos governamentais dos Emirados e deve respeitar as leis locais.

Para deixar tudo claro, a fundação afirmou que não existe um programa oficial de Visto Dourado em parceria com as autoridades dos Emirados, e que nenhum endosse governamental foi dado à TON sobre isso. Essa declaração foi feita menos de dois dias depois que a TON mencionou, em uma comunicação anterior, que estaria oferecendo vistos dourados de dez anos.

Essa transmissão de informação gerou uma resposta rápida de várias autoridades nos Emirados, que esclareceram em um comunicado conjunto que os vistos não estão sendo fornecidos para quem possui ativos digitais.

Influentes no universo das criptomoedas, como o ex-CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, questionaram a autenticidade do programa de visto ouro antes da postagem da TON. O assunto ganhou mais força quando Pavel Durov, CEO do Telegram, retuitou informações sobre o programa, que ainda estavam disponíveis no momento da publicação.

Ainda não está claro se a Fundação TON vai conseguir alinhar seus esforços com o governo dos EAU em um futuro próximo. A proposta de visto dourado da fundação, que requer um investimento de US$ 100.000 em Toncoin (TON) em staking, poderia representar uma alternativa bem mais acessível do que os métodos tradicionais, que costumam exigir investimentos superiores a US$ 540.000 em ativos.

“Cartões Dourados” e a atração dos vistos para investidores de cripto

Vários países já ofereceram opções de residência em troca de investimentos substanciais, embora nem sempre vinculados ao mundo das criptomoedas. Por exemplo, em Portugal, investidores que aplicam mais de US$ 500.000 em cripto podem obter cidadania por meio do Programa de Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI) — um projeto de residência voltado para não cidadãos da União Europeia que tem duração de cinco anos.

Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump apresentou, em fevereiro, um programa de “gold card” que permite a investidores que desembolsarem US$ 5 milhões ou mais a oportunidade de conseguir a residência legal. De acordo com o secretário de Comércio dos EUA, aproximadamente 70.000 pessoas haviam se inscrito até meados de junho.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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