Analista aponta metas de alta e baixa para o preço do btc
A movimentação do preço do Bitcoin está um pouco indecisa no curto prazo, especialmente agora que todos os olhares voltam-se para a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que acontecerá na próxima quarta-feira, 17 de setembro. As expectativas giram em torno de um possível corte de 0,25% na taxa de juros nos Estados Unidos, mas isso não garante que o Bitcoin voltará a subir, segundo Arthur Driessen, analista da Crypto Investidor.
Por um lado, a redução nos juros já parece estar refletida nos preços, especialmente com o contexto de um mercado de trabalho mais fraco e uma inflação sob controle. No último boletim da QR Asset Management, foi destacado que o Bitcoin estava oscilando entre US$ 111 mil e US$ 112 mil, mas, após romper resistências, conseguiu fechar acima de US$ 115 mil. Isso demonstra uma recuperação que, apesar de ser consistente, ainda está distante da máxima histórica de agosto, que foi de aproximadamente US$ 124 mil.
Mesmo assim, ao iniciar a semana, o Bitcoin (BTC) não teve um bom começo e caiu, sendo negociado abaixo de US$ 115.000, conforme os traders aguardam novos fatores que possam influenciar o preço.
### Foco na Reunião do FOMC
Os analistas e investidores estão ansiosos para ouvir Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA (Fed), durante a coletiva de imprensa que sucederá a reunião do FOMC. É esperado que ele mantenha o tom otimista que demonstrou no simpósio de Jackson Hole, sinalizando que a flexibilização da política monetária deve continuar. A análise da QR Asset ressalta que:
“Historicamente, ativos digitais têm mostrado uma forte sensibilidade aos ciclos de liquidez global. Cortes de juros tendem a ser um catalisador para o aumento do setor, mesmo com os riscos regulatórios e geopolíticos em foco.”
Embora existam 96% de chances de um corte de 0,25% nas taxas e 4% para uma redução de 0,5%, a reunião do FOMC pode provocar a famosa reação de “comprar no boato, vender no fato”, causando alguma volatilidade no mercado a curto prazo. No entanto, o cenário geral continua favorável para ativos de risco, como o Bitcoin, no médio e longo prazo.
### Correlação com Ouro e S&P 500
Outro ponto interessante é que, segundo o boletim semanal da Binance Research, o ouro e o S&P 500 registraram novas máximas históricas recentemente, o que pode ser um bom sinal para o preço do Bitcoin. A análise mostra que, nesse ciclo, o Bitcoin apresenta uma correlação forte com o ouro, que geralmente é visto como um porto seguro em tempos de incerteza.
Desde o verão de 2024, tanto o ouro quanto o Bitcoin têm funcionado como instrumentos de proteção, servindo para enfrentar incertezas políticas. A análise observa um padrão interessante: o ouro tende a se antecipar ao Bitcoin em cerca de 10 semanas, o que poderia levar a uma nova máxima histórica do Bitcoin entre final de novembro e começo de dezembro — um período que historicamente é positivo para o mercado de criptomoedas.
### O Que Esperar para o Preço do Bitcoin
Arthur Driessen destaca dois cenários possíveis para o preço do Bitcoin nos próximos dias. Se as declarações de Powell sobre a flexibilização monetária forem otimistas e outros fatores positivos se acumularem, o Bitcoin pode muito bem voltar a testar a sua máxima histórica de US$ 124.000. Caso isso ocorra, o próximo alvo pode ser a marca de US$ 156.000, mas tudo depende de o Bitcoin não perder o suporte atual em US$ 107.000.
Se esse suporte não se mantiver, o preço pode sofrer uma correção e buscar valores entre US$ 98.000 e US$ 100.000. Se cair mais, a próxima linha de defesa estaria entre US$ 91.000 e US$ 93.000, indicando uma reversão de tendência e potencial para correções ainda mais acentuadas.
Vale lembrar que um indicador interessante baseado no Google Trends se mostrou eficaz em prever os topos do Bitcoin neste ciclo de alta, o que oferece uma nova camada de análise para os investidores atenta a esses sinais.