Anbima e Fenasbac firmam parceria para testar tokenização financeira
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) se uniu à Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac) para lançar uma parceria empolgante. O anúncio saiu na última sexta-feira, dia 18, e a ideia é criar uma rede voltada para testar a tokenização de produtos financeiros.
Essa colaboração gira em torno de três pilares principais: inovação, sustentabilidade e educação. Com planos de trabalho que envolvem tanto o Anbima quanto a Fenasbac, o objetivo é gerar entregas que impactem positivamente o mercado e promover um intercâmbio de conhecimentos entre as entidades.
A Anbima destacou que essa parceria é um passo importante para modernizar o mercado de capitais. A ideia é criar um espaço que favoreça a experimentação e o desenvolvimento de soluções inovadoras. Uma das novidades é a plataforma de tokenização, que faz parte de um projeto maior que vai começar em 2024.
Esse conceito de open capital market é bem interessante. Ele visa aumentar a transparência e colaboração, permitindo que diferentes instituições testem novas formas de emissão, negociação e liquidação de ativos digitais de maneira segura e organizada. Para a Anbima, trabalhar junto com a Fenasbac vai fortalecer a busca por soluções que moldem o futuro desse setor.
Duas entidades, cada uma com suas especialidades, juntas podem criar um impacto maior. A Anbima traz a experiência de engajar o mercado e mobilizar diversos interesses. Já a Fenasbac foca na inovação e em práticas financeiras sustentáveis, sempre alinhada com o Banco Central. O diretor-executivo, Zeca Doherty, comentou sobre essa união, ressaltando que estão otimizando recursos e ampliando o alcance das ações.
“Vamos começar explorando o campo da inovação, desde eventos até o desenvolvimento de soluções”, disse Doherty. Ele também mencionou que planejam avançar para as áreas de sustentabilidade e educação, aproveitando sinergias para enfrentar os desafios do setor.
Tokenização de Cartões
Em abril, o Banco Central (BC) anunciou que começaria a coletar informações para aprimorar a regulamentação dos arranjos de pagamentos no Brasil. Essa tomada de subsídios visa discutir a regulamentação dos serviços que lidam com tokens de dados, usados em carteiras digitais como Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay. Esses tokens são fundamentais, pois funcionam como representações seguras das credenciais dos usuários, facilitando os pagamentos.
De acordo com o BC, com a popularização dos pagamentos digitais no país, a demanda por tokens cresceu muito. Isso acabou conferindo bastante poder aos serviços que geram esses tokens, o que pode aumentar os custos para os emissores de cartões e, consequentemente, para os consumidores e comerciantes.
A ideia do BC é ter um diálogo aberto com todos os envolvidos, buscando informações que ajudem a fundamentar estudos sobre a necessidade de regular essa área.
Ainda no contexto da evolução da tokenização no Brasil, a fintech Nexa Finance finalizou uma rodada de investimento, arrecadando R$ 25 milhões. A operação foi liderada pela MAYA Capital e contou com apoio de outros investidores. Esse recurso vai permitir que a Nexa amplie sua plataforma de tokenização de ativos reais (RWA), com foco em soluções para o setor B2B, mostrando que o mercado está cada vez mais atento às novas possibilidades que a tecnologia oferece.