O governo da Argentina decidiu barrar a entrada de Amir Taaki, um dos pioneiros do Bitcoin, que tinha planos de participar da LABITCONF 2025, em Buenos Aires. Taaki, um respeitado desenvolvedor e ativista da privacidade digital, ficou surpreso ao ser impedido de entrar no país para um dos maiores eventos de criptomoedas da América Latina.
Em um desabafo nas redes sociais, ele compartilhou que passou horas esperando uma resposta e chegou a ser interrogado de forma intensa: “Mostrei tudo a eles. Também fiquei detido por 8 horas no México e percebi que tinham um dossiê sobre mim”. Taaki já passou por situações semelhantes em outros países, o que levanta suspeitas sobre possíveis motivações políticas que o perseguem.
### Assédio Institucional?
A decisão de negar a entrada de Taaki veio de autoridades argentinas, e o presidente Javier Milei, que prega a liberdade individual, parece contradizer seu discurso ao barrar um defensor de princípios semelhantes. Essa situação gerou um burburinho na comunidade cripto, que questiona a lógica de um governo que, por um lado, defende a liberdade e, por outro, impede a entrada de pessoas que lutam por esses valores.
Amir falou sobre a sensação de estar enfrentando um “assédio institucional”, sem entender claramente de onde isso vem. “Há algo no sistema me perseguindo, mas ninguém me diz de qual país vem. Precisamos descobrir para que meus advogados possam agir”, afirmou. A frustração dele é palpável, já que o foco dele não está em entrar na Argentina, mas sim em entender o que está acontecendo.
Conhecido por suas contribuições ao movimento cypherpunk e pelo apoio a causas como a defesa de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, Taaki segue sendo uma voz influente mesmo em tempos turbulentos. Essa história traz à tona não só a luta por liberdade de expressão, mas também os desafios que enfrentamos em um mundo cada vez mais complexo e interconectado.
