Arthur Hayes prevê Bitcoin a US$ 999 mil até 2027
O cofundador da BitMEX, Arthur Hayes, trouxe novidades sobre o futuro do Bitcoin. Ele acredita que a moeda digital está começando uma fase de alta de longo prazo, não mais pela tradição dos ciclos de halving, mas sim pela expansão do crédito global e pela emissão contínua de dinheiro pelos bancos centrais.
Segundo Hayes, essa nova era do BTC está profundamente conectada às políticas de liquidez que surgiram após a crise de 2008. Os governos, especialmente nos Estados Unidos e na China, têm adotado medidas que injetam dinheiro na economia, e isso, segundo ele, tem um impacto direto no preço do Bitcoin.
Ele explica que o preço do Bitcoin se relaciona diretamente ao volume de dinheiro que circula no sistema financeiro mundial. Desde a crise de 2009, os bancos centrais têm fornecido liquidez, e essa dinâmica tem contribuído para a valorização dos ativos digitais. Para Hayes, imprimir mais dinheiro é uma certeza — sua convicção é firme.
Ele projeta que esse ciclo de alta deve continuar até 2027 ou 2028, quebrando a tradição de quatro anos que vinha sendo seguida, ligada às reduções nas recompensas da mineração.
O que muda com o halving?
Hayes faz uma observação interessante sobre o halving. Segundo ele, o efeito desse evento vem diminuindo ao longo do tempo. “A cada halving, o impacto é menor. A taxa de inflação do Bitcoin já é muito baixa”, afirma. Para ele, o que realmente está impulsionando o mercado atualmente é o aumento da liquidez global. Essa nova abordagem faz com que o Bitcoin se comporte de maneira mais parecida com as políticas monetárias, ao invés de se basear apenas na sua escassez.
Não se preocupe, a valorização vai continuar
O ex-CEO da BitMEX também fala sobre o papel do Tesouro dos Estados Unidos e da ex-secretária Janet Yellen. Ele destaca que o governo americano injetou trilhões de dólares em liquidez enquanto tentava controlar a inflação. Essa estratégia deu um gás nos mercados e criou um ambiente propício para um novo ciclo de valorização das criptomoedas.
Hayes tem uma previsão ousada: o Bitcoin poderia atingir US$ 999.999 até 2027, impulsionado pelo aumento da base monetária mundial. “Não existe um teto claro neste ciclo”, menciona, fazendo um paralelo com a expansão do crédito.
Em meio a essa análise otimista, ele ressalta que, com o mundo lidando com um excesso de dívida e a emissão constante de moeda, o Bitcoin se destaca como um ativo escasso e resistente à inflação.
Por outro lado, nem todos compartilham dessa visão. O economista Henrik Zeberg, da SwissBlock, alerta que o Bitcoin ainda se comporta como um ativo de risco e é altamente correlacionado com os grandes índices do mercado de ações. Ele menciona que estamos, talvez, vivendo “a maior bolha da história”, e que o BTC pode sofrer uma queda significativa se ocorrer uma correção mais ampla nos mercados.
Essa troca de opiniões revela um sentimento mais amplo no mercado. De um lado, a análise de Hayes reflete a perspectiva de quem acredita que a criação desenfreada de dinheiro pode ser um forte motor para a valorização do Bitcoin. Com os bancos centrais mantendo políticas expansionistas e a liquidez global em alta, a argumentação de Hayes ganha cada vez mais destaque.
Para ele, o Bitcoin, como ativo digital mais conhecido do planeta, está, sem dúvida, iniciando um ciclo de alta prolongado, moldando assim o conceito de reserva de valor na economia contemporânea.





